domingo, 17 de novembro de 2024
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Morre na Suíça aos 102 anos o Cientista que criou LSD

Albert Hofmann, o pai do ácido lisérgico (LSD), faleceu na Suíça aos 102 anos, anunciou Doris Stuker, uma funcionária da prefeitura da cidade de Burg Im Leimental. Hofmann morreu ontem…

Albert Hofmann, o pai do ácido lisérgico (LSD), faleceu na Suíça aos 102 anos, anunciou Doris Stuker, uma funcionária da prefeitura da cidade de Burg Im Leimental. Hofmann morreu ontem em sua casa em Burg Im Leimental, uma pequena cidade nos arredores da Basiléia para onde mudou-se depois de aposentar-se, em 1971.

O LSD, alucinógeno descoberto por Hofmann, inspirou – e afetou consideravelmente a saúde mental de – milhões de hippies nas décadas de 1960 e 1970. Décadas depois da proibição da invenção, no fim dos anos 60, Hofmann defendia com afinco sua invenção. “Eu produzi a substância como um remédio. Não é minha culpa se as pessoas abusavam dele”, declarou certa vez.

O químico suíço descobriu a dietilamida do ácido lisérgico (LSD-25) em 1938, quando estudava as aplicações medicinais de um fungo encontrado no trigo e em outros grãos para a companhia farmacêutica Sandoz, na Basiléia.

Hofmann tornou-se a primeira cobaia de sua invenção quando tocou com um dedo acidentalmente em uma pequena quantidade da substância durante a repetição de um experimento em 16 de abril de 1943. “Precisei sair do laboratório e voltar para casa porque comecei a sentir de repente um mal-estar e uma tontura”, escreveu em um memorando a seus chefes.

A expectativa de Hofmann e de seus colegas era que o LSD desse uma importante contribuição para a psiquiatria. A droga amplificava problemas e conflitos internos e a esperança era fazer com que ela fosse usada para reconhecer e tratar problemas como a esquizofrenia.

O governo Estados Unidos proibiu o LSD em 1966. A medida foi adotada a seguir pelos demais países do mundo. Hofmann admitia que o LSD era perigoso se caísse em mãos erradas, mas considerava a proibição injusta e defendia que fossem permitidas pesquisas medicinais com a droga. Ele mesmo dizia ter usado o LSD durante décadas, mas “ocasionalmente e por interesse científico”.

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