Ilana Kalil, mulher do ginecologista Renato Kalil, foi encontrada morta em sua casa em São Paulo, nesta segunda-feira (14). A assessoria de imprensa do médico e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmaram a morte.
Ilana era nutricionista de formação, além de instrumentadora cirúrgica, tinha 40 anos e deixa duas filhas, ambas frutos de seu relacionamento com Renato Kalil.
Recentemente, ela saiu em defesa do marido nas redes sociais depois que o médico foi acusado de violência obstétrica no parto da influenciadora digital Shantal Verdelho.
De acordo com a SSP, o caso foi registrado como suicídio, e os detalhes serão preservados. A assessoria de Kalil disse que não divulgará nota a respeito.
Kalil é médico com especialização em ginecologia e obstetrícia. Foi ele o responsável pelo parto de celebridades como Luciana Gimenez e Andréa Sadi. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 1988, tem especialização em ginecologia e obstetrícia e é membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo e da Sogesp (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana).
Em dezembro de 2021, a fama –e o reconhecimento profissional de Kalil– foram colocados à prova, depois que a influenciadora Shantal Verdelho compartilhou as filmagens do parto de seu segundo filho. No vídeo, Renato aparece ofendendo a paciente, chamando-a de “viadinha”, realizando a manobra de Kristeller e tentando convencê-la a tomar uma medicação que acelera o trabalho de parto, mas é contraindicada para mulheres que já realizaram cesárea anteriormente.
A denúncia veio a público depois que um áudio de Shantal comentando o episódio foi compartilhado em grupos do WhatsApp. A influenciadora decidiu levar a denúncia adiante, e registrou um boletim de ocorrência contra o médico, o que permitiu que a Justiça abrisse um inquérito para investigar a atitude do ginecologista.
Em janeiro deste ano, Shantal comentou sobre o assunto com Universa e afirmou que sua intenção era protocolar um projeto de lei que criminalizasse a violência obstétrica –o termo, que se refere a maus tratos antes, durante e depois do parto, não consta no Código Penal.
Na ocasião das acusações, por meio de seu advogado, o médico divulgou uma nota afirmando que: “não praticou violência obstétrica” e que “a edição dos vídeos e das falas [dele durante o parto dela] induzem a erro de interpretação do que verdadeiramente ocorreu”.