O sambista Wilson Moreira morreu, na noite dessa quinta-feira (6), no Rio de Janeiro, vítima de um câncer no rim. Ainda adolescente, o artista já era atento aos batuques das escolas de samba. Subir o degraus não demorou muito.
Poucos anos depois, começou a compor e logo ocupou cargo como diretor de alas e um dos primeiros integrantes da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Quando tinha 15 anos, já era oficialmente da Mocidade. A primeira obra, “Bahia”, uma parceira que fez com Ivan Pereira, foi o início do deslanche na carreira. Outro samba-enredo, elogiado pelo mestre Ary Barroso, também foi sucesso: “As Minas Gerais”. Segundo o Globo, o primeiro compacto foi gravado aos 29 anos.
A mudança da Mocidade para a Portela aconteceu em 1968. Momento em que encontrou grandes parceiros, como Paulinho da Viola, Candeia, Natal, entre outros renomados artistas. Entre os sucessos quando integrou bandas como Cinco Só e Turma do Ganzá, embalou os fãs com “Mel e Mamão com Açúcar” e “Senhora Liberdade”.
Algumas das suas músicas foram gravadas, inclusive, por Alcione, Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Emílio Santiago, Martinho da Vila, D. Ivone Lara, Zélia Duncan, Djavan, Sandra de Sá, Dudu Nobre, Elza Soares e Jorge Aragão. A carreira começou a ser afetada em 1997, ano em que Moreira teve um derrame. Colegas e artistas uniram forças, fizeram shows para ajudar o amigo para o tratamento da doença.
Apesar das limitações, o cantor e compositor não deixou que as dificuldades o impedissem de continuar realizando sonhos. Em janeiro deste ano, ainda deu tempo de Wilson ir a Brasília se apresentar no Musicar, festival dedicado às crianças. No evento, ele aproveitou o momento e fez o pré-lançamento do seu CD “Tá com medo, Tabaréu?, com músicas inspiradas em sua infância.