O poeta e letrista Jorge Salomão morreu no final da manhã de hoje (7), no Rio de Janeiro, aos 73 anos. O poeta transitou entre a música e a literatura, escrevendo canções como Noite, gravada por Zizi Possi; Barraco, por Cássia Eller; Pseudo-blues, por Marina Lima, entre outras. É também um dos Jorges citados por Caetano Veloso na música O Conteúdo, junto com Jorge Ben e Jorge Mautner.
Salomão teve um infarto em fevereiro, foi internado no Instituto Estadual de Cardiologia, no Humaitá, na zona sul do Rio. Ele precisou fazer três pontes de safena e estava se recuperando.
Esta semana, no entanto, o poeta queixou-se de dores abdominais e acabou sendo transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na zona sul da cidade. Ele foi diagnosticado com úlcera no intestino.
A causa da morte ainda não foi divulgada, de acordo com o amigo, poeta e jornalista, Christóvam Chevalier, que está reunido com a família de Salomão.
Chevalier escreveu a orelha da antologia 7 em 1, de Salomão, lançado no final do ano passado pela Editora Gryphus. A obra reúne os sete livros de Salomão, lançados originalmente entre 1994 e 2016.
“O Jorge era irmão de outro grande poeta, Waly Salomão, e ele teve que buscar uma personalidade e uma dicção próprias. Enquanto o Waly tinha toda uma verborragia, o Jorge optou pela economia vocabular. Transitando entre música e poesia, ele tem um estilo que é único, é só dele, ninguém mais tem, não tem cópia. Tomara que o país agora tenha mais curiosidade em conhecer o legado poético dele”, diz o jornalista.
O corpo do poeta deve ser velado e cremado amanhã (8).