Na madrugada deste domingo (12), morreu Amália Barros, deputada federal pelo PL de Mato Grosso e vice-presidente do PL Mulher. Ela era uma das colaboradoras próximas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A notícia do óbito foi confirmada através das redes sociais da parlamentar. Amália estava hospitalizada desde o dia 1º de maio, após passar por uma cirurgia para remover um nódulo no pâncreas. Durante esse período, ela foi submetida a quatro procedimentos médicos, sendo o primeiro deles a remoção do tumor.
A primeira cirurgia para retirada do nódulo ocorreu na quinta-feira (2). No sábado (4), houve uma melhora significativa após um segundo procedimento na mesma área.
Na terça-feira (7), ela passou por uma nova intervenção para drenar as vias biliares, a fim de remover o excesso de líquido biliar no fígado. Dois dias depois, foi submetida a um “procedimento adicional de radiointervenção”, menos invasivo, sem detalhes específicos sobre o que foi realizado.
Nascida em Mogi Mirim (155 km de São Paulo), Amália Scudeler de Barros Santos iniciou sua carreira política em 2022, quando se candidatou com sucesso à Câmara dos Deputados, apoiada por Michelle Bolsonaro. Ela obteve cerca de 70 mil votos.
Amália, que frequentemente era vista cobrindo o olho esquerdo, perdeu a visão desse olho em 2016 devido a complicações de uma toxoplasmose.
Em 2021, lançou o livro “Se Enxerga”, onde relatava sua trajetória e a perda do olho, além de ter passado por uma cirurgia para a remoção de um de seus rins. No mesmo ano, fundou o Instituto Amália Barros, que realiza campanhas de doação de próteses oculares e presta assistência a pessoas com monocularidade.
Ela inspirou a Lei 14.126/2021, conhecida como Lei Amália Barros, que reconhece a visão monocular como uma deficiência sensorial.
Amália ocupava o cargo de vice-presidente do PL Mulher nacional ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, posição que manteve até sua morte.