Elon Musk deu mais um passo na disputa tipo cara a cara com o ministro-chefe do STF, Alexandre de Moraes. Ele postou, neste domingo (1º), no X-Twitter a principal acusação feita até agora contra o ex-presidente do TSE: Moraes interferiu nas eleições presidenciais brasileiras de 2022 tendo como cúmplices antigos funcionários do Twitter, com a derrubada de perfis, bloqueio de postagens e manipulação de palavras-chaves da plataforma, as hashtags.
Mais ainda
Além da acusação, que deve ser considerada formal da mesma maneira que a intimação feita pelo ministro contra Musk, na semana passada, o dono do X-Twitter anunciou a criação do @alexandrefiles, por onde promete revelar todas as ações dele nas eleições presidenciais daquele ano. E também anunciou que a Starlink não vai remover o X-Twitter de sua plataforma de redes sociais.
20 anos na cadeia
Na mesma postagem, Musk avaliou que Moraes deve ser preso por 20 anos, segundo as leis brasileiras, e o classificou como um “falso juiz”.
Rede bombando
Apesar das ameaças de Moraes, de multar em R$ 50 mil todos os que usarem o X-Twitter, a postagem de mensagens de brasileiros na rede social de Musk caiu muito pouco, enquanto que a quantidade de perfis ativos aumentou 4% em menos de uma semana. A rede pode ser acessada por meio de apps VPNs, que escondem a localização de usuários.
TSE e PT Brasil ignoram Moraes
Entre postagens de influencers, políticos, pessoas comuns, jornalistas e empresas de comunicação, publicações feitas pelo TSE e pelo PT Nacional chamam a atenção porque também descumprem a ordem monocrática e ilegal de Alexandre de Moraes.
Postagens de Moro partem dos EUA
O senador Sergio Moro (União/PR) continua postando no X-Twitter, que ele considera como “uma importante ferramenta” que deve ser usada democraticamente. Detalhe: as publicações, segundo o ex-juiz federal, estão sendo feitas por um amigo, dos Estados Unidos, e não por meio de VPN, como a maioria.
Tudo parece combinado
Neste domingo, Moraes enviou sua decisão contra o X-Twitter para julgamento na 1ª Turma do Supremo, que é presidida por… ele mesmo, e composta por outros 4 ministros: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A votação em formato virtual deve ocorrer hoje, no final da tarde.
Reflexos na economia
Poder360: “O fundador da Pershing Square Capital, Bill Ackman, manifestou neste domingo (1º.set.2024) preocupação com o futuro do mercado de investimentos no Brasil. Segundo ele, com a saída do X (antigo Twitter) e o bloqueio das contas da Starlink, o país caminha para um mercado “não investível”. Na rede social, o investidor criticou as medidas tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo ele, a China cometeu “atos semelhantes” e, por esse motivo, teve uma fuga de capital e o colapso nas avaliações.”
PCO teve contas liberadas
Postagens feitas pelo PCO, partido da extrema-esquerda, que apoiou lula em 2022, foi o único que teve o perfil desbloqueado por Moraes, durante a campanha eleitoral daquele ano, além de multa de R$ 20 mil cancelada. O bloqueio – aplicado porque haveriam mensagens ameaçadoras à democracia – durou apenas 30 dias. Na campanha, o PCO perseguiu todos os passos de Bolsonaro, sem nenhuma preocupação com as ameaças de Moraes.
O PT contra Moraes
Postagens divulgadas na sexta-feira (30), no X-Twitter, pelo jornalista americano Glenn Greenwald comprovam que o PT já tentou cassar Alexandre de Moraes. Em 2017, o partido que hoje apoia as ilegalidades do ministro, era contra a censura ditatorial imposta por ele. Em uma delas, o partido de lula denunciava que Moraes cometia “atentados à democracia, perpetrados pelo ilegítimo governo golpista [de Michel Temer] que hoje ocupa o poder”.
Barroso, o profeta
O ministro Luís Roberto Barroso, que ainda é presidente do STF, profetizou para breve o fim do inquérito das fake news, instaurado pelo amigo de toga, Antônio Dias Toffoli, em 2019. Só não soube precisar uma data. Este inquérito – ilegal, é claro – é um dos vários presididos por Moares que, apesar de rolar há cinco anos, nunca conseguiu provar nenhuma das suspeitas e acusações do inquisitor.
“Estaria preso”
Jair Bolsonaro disse, durante discurso, em Londrina (PR), sábado passado, que “estaria preso” se estivesse no Brasil em 8 de janeiro de 2023, o dia do quebra-quebra de infiltrados no movimento de patriotas, em Brasília (DF). “O que teria acontecido comigo se eu estivesse no Brasil no dia 8 de janeiro? Certamente estaria preso até hoje”, disse.
Boicote a desfiles
Mesmo que veladamente, líderes e apoiadores da direita estão ampliando pedidos para que ninguém vá a desfiles promovidos pelo governo lula e por governadores da extrema-esquerda, no dia 7 de setembro, em protesto contra a perseguição judicial liderada pelo STF.
Evento na Paulista
Manifestações de deputados e senadores ligados à direita mostram otimismo quanto a presença do público no ato pelo impeachment de Moraes e pela aprovação de anistia a presos do dia 8/1, na avenida Paulista, em São Paulo (SP), neste sábado. Fala-se em 1 milhão de pessoas.
O Brasil woke
Uma decisão do Conselho Regional de Psicologia, apontado por observadores como o mais radical do país em defesa de ideologias – a cultura woke – pode cassar o registro da psicóloga Marisa Lobo. Motivo: ela fez palestras em igrejas evangélicas, com temas como a linguagem neutra, a ideologia de gênero e a mudança de sexo.
Pegando fogo
Enquanto a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) se ocupa com teses e acusações ao governo Bolsonaro, o fogo continua devastando áreas gigantescas da Amazônia e do Pantanal sul-mato-grossense. O aumento de casos assim beira os 2 mil por cento na comparação entre os 18 meses iniciais de Bolsonaro e o de agora.
FRASE
De Elon Musk, em uma escalada de revelações do relacionamento de Alexandre de Moraes com ex-funcionários do Twitter que, segundo ele, interferiu diretamente no resultado das eleições de 2022, em favorecimento a lula. Ontem, no X-Twitter.
“Há evidências crescentes de que o falso juiz Alexandre de Moraes se envolveu em séria, repetida e deliberada interferência eleitoral nas últimas eleições presidenciais do Brasil. Pela lei brasileira, isso significaria até 20 anos de prisão. E lamento dizer que parece que alguns ex-funcionários do Twitter foram cúmplices.”