Pelo menos 11 moradores de Itajobi (SP), procuraram a polícia para registrarem crime de estelionato contra uma construtora que abandonou a obra de casas financiadas na cidade.
O sonho da casa própria e sair do aluguel parece que ainda está difícil de ser concretizado para alguns moradores de Itajobi que decidiram comprar um terreno e contratar uma construtora para executar a obra. A empresa, segundo os compradores, executou parte do serviço, mas entre atrasos e abandonos, as casas já estão sendo erguidas há mais de um ano e até agora nenhuma explicação é dada.
Alex Junior Sales é um dos compradores que contratou os serviços da empresa. Ele afirma que já pagou por quase toda a execução da obra, mas que sua casa está apenas com reboco e contra piso.
“Minha obra, além de estar abandonada, já era para estar mais adiantada, na fase dos batentes. Já realizamos inúmeros contatos com a Construtora, mas eles enrolam e não enviam pedreiros para finalizar”, explica.
Ao todo, pelo menos 25 famílias contrataram os serviços da empresa Cidade Norte Empreendimentos Rio Preto LTDA-ME para construção das casas no bairro Loteamento Farina. Segundo o boletim de ocorrência registrado por eles no último dia 6 de maio, 11 vítimas já procuraram a polícia e registraram o caso por estelionato. As casas que são financiadas pela Caixa Econômica Federal deveriam ter sido entregues no prazo de 180 dias, segundo os contratos.
“Eu pago R$ 630 de aluguel e estou construindo para justamente sair do aluguel, porém, infelizmente não sei quando isso vai acontecer. Eu já paguei mais ou menos R$ 60 mil e até agora minha casa não está pronta”, diz Alex.
Rafael da Silva é outro comprador e afirma que sua obra já está abandonada há 9 meses. Ele conta que pagou cerca de R$ 25 mil até o momento e sua casa ainda está apenas em ponto de laje.
“Estamos há dois anos com a casa em construção e até agora nada da obra ficar pronta. Estou construindo junto com minha namorada e vamos morar juntos no imóvel, porém, infelizmente sem nenhuma previsão para que isso ocorra”, explica Rafael.
Procurada, a Construtora Cidade Norte não foi localizada para comentar o assunto. A Gazeta do Interior ligou diversas vezes em um número telefone fornecido pelos compradores, como sendo do responsável pela Construtora, porém, ele não atendeu nossas ligações.