Moradores de Olímpia ainda contavam segunda os prejuízos que tiveram com a tromba d’água que caiu na cidade por volta das 5h30 de domingo.
Durante 40 minutos choveu 90 milímetros, suficientes para derrubar muros, arrastar carros e inundar casas.
“A chuva nos pegou de surpresa, pois nós, moradores, estávamos dormindo. Quando acordamos já tínhamos perdido tudo”, afirma a copeira Maria Regina Justino, 45 anos.
Ela perdeu móveis, eletrodomésticos e roupas. Só conseguiu sair de sua casa com a ajuda de vizinhos. “Pulei o muro porque estava ilhada pela enxurrada.”
Regina conseguiu salvar seu cachorro, que permaneceu em cima do telhado até a chuva passar. “Deus foi muito bom comigo, consegui me salvar e pegar meu cachorro”, disse.
A situação do vizinho de Maria Regina foi ainda pior. Além de perder sofá, colchões, geladeira, fogão, tanquinho de lavar roupa, roupas e outros móveis, o carro de Geraldo Ferreira foi arrastado pela enxurrada a uma distância de 40 metros.
A água derrubou a parede da garagem, que fica nos fundos de minha casa e levou o carro até rua abaixo.
“O carro está com lama dentro do motor e nos bancos. A água atingiu 1,20 metro de altura, invadiu o carro e os cômodos da casa.”
Obras incluem tubulações
O secretário de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura de Olímpia, Gilberto Tonelli Cunha, afirma que a cidade está passando por obras com a finalidade de acabar com as inundações e seus transtornos.
Segundo ele, faltam dois locais, o bairro São Benedito e a rua Benjamin Constant, que corta o Centro da cidade. São os mais castigados pelas inundações.
O secretário diz que a prefeitura está fazendo canalização subterrânea, com tubos de 1,5 metro de diâmetro, em todos os bairros castigados por inundações. “Em vez de passar por cima, a enxurrada passará por esses tubos evitando prejuízos para a cidade e moradores”, diz.
Dona-de-casa perde tudo
Moradores da rua Castro, no bairro São Benedito, foram os mais atingidos pelo temporal que castigou Olímpia no domingo de manhã. Por ficar em local mais baixo, o São Benedito recebe toda a água dos bairros da parte alta, que não tem escoamento.
A dona-de-casa Alice Oliveira, 45 anos, era retrato da desolação ontem. A força da enxurrada derrubou o muro dos fundos de sua casa e invadiu os cômodos destruindo tudo pelo caminho.
“Perdemos televisores, DVD, computador, colchões, armários com roupa, eletrodomésticos.”
Na casa de Alice, a chuva atingiu 1,20 metro de altura “Foi um sufoco”, disse.
