Um brasileiro de 45 anos morreu e seu sobrinho, de 21, ficou ferido em um acidente de carro ocorrido em 28 de dezembro em Colmeias, distrito de Leiria, Portugal. O acidente aconteceu na Estrada da Bouça. A família da vítima fatal, Éder Flávio Silva Souza, enfrenta dificuldades financeiras para trazer o corpo para Santa Fé do Sul (SP).
O carro em que Éder dirigia perdeu o controle em uma curva e bateu contra a parede de uma casa, ficando destruído. Éder morreu no local, enquanto seu sobrinho, Gustavo Silva Souza, sofreu ferimentos graves e permanece internado em um hospital de Coimbra, segundo atualização mais recente.
A irmã de Éder, Josiane Silva Souza, relatou ao g1 que o acidente ocorreu no dia de seu aniversário. A família busca arrecadar R$ 68 mil para cobrir os custos do translado do corpo e os cuidados médicos de Gustavo. Até o momento, conseguiram cerca de R$ 800.
Éder e Gustavo haviam se mudado para Portugal em 14 de fevereiro do ano passado em busca de trabalho e melhores oportunidades. Éder trabalhava na área rural, enquanto Gustavo atuava como operador de máquinas. Com a notícia do acidente, o irmão de Éder, Herculano Silva Souza, e sua esposa, Angélica Conceição de Souza, viajaram para Portugal para acompanhar a situação do filho.
O Itamaraty informou ao g1 que a embaixada brasileira em Portugal está à disposição para prestar assistência consular à família, como orientações e apoio nos contatos com o governo local e expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. No entanto, o translado de corpos de brasileiros falecidos no exterior é de responsabilidade da família e não é custeado com recursos públicos.
O Ministério das Relações Exteriores esclarece que o governo brasileiro não oferece recursos para o transporte de restos mortais para o Brasil, nem para embalsamamento, sepultamento ou cremação. Todas as despesas decorrentes dessas providências são de responsabilidade da família. Em casos de morte por acidente, é necessário contatar a autoridade de segurança local, que acionará as autoridades de saúde. O corpo não deve ser movido até a autorização das autoridades. Para o translado, o Consulado-Geral realiza o registro de óbito com base na certidão portuguesa, e a agência funerária contratada pela família fica responsável pelos trâmites.