domingo, 22 de setembro de 2024
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Morador de Rio Preto que desperdiçar água será multado

A partir desta terça-feira (6) o Semae – Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto de Rio Preto está ampliando o horário de racionamento de água, que passa a acontecer…

A partir desta terça-feira (6) o Semae – Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto de Rio Preto está ampliando o horário de racionamento de água, que passa a acontecer das 12 às 22 horas, nos bairros abastecidos pela ETA – Estação de Tratamento de Água Palácio das Águas. O consumo de água aumentou 13% na cidade, em relação à semana passada. Atualmente, estão sendo consumidos 280 litros de água por pessoa/dia. O ideal para Rio Preto são de 180 a 200 litros de água por pessoa/dia.

A Represa Municipal, que fornece água para a ETA, está 10 centímetros abaixo do nível do vertedouro. A produção do lago 1 caiu ainda mais. De 450 litros/segundo, ela havia caído para 300 litros/segundo e, agora, está em 250 litros/segundo.

“Precisamos da colaboração da população. A produção de água vem caindo dia a dia, em Rio Preto, e o consumo não para de aumentar. Não chove há 110 dias. Tanto a Represa Municipal quanto os aquíferos Bauru e Guarani estão fornecendo água no limite”, afirma Jaqueline Reis, gerente de Operação e Manutenção de Água do Semae.

Multa

A partir de hoje, os fiscais do Semae passam a multar quem for pego desperdiçando água. A multa, prevista no Decreto Municipal nº 13.265/2006, é de 36 UFMs – Unidades Fiscais do Município, que equivale a R$ 2.168,64. Inicialmente, o infrator será notificado. A multa será em caso de reincidência. “O nosso objetivo é orientar as pessoas, mas quem insistir no desperdício será penalizado”, explica Jaqueline.

A gerente de Água esclarece que lavar quintal, calçadas e veículos com mangueira é considerado desperdício. Deixar regadores de plantas ligados durante o dia também é desperdício. Trocar a água da piscina pode ocasionar a multa.

Ainda segundo Jaqueline Reis, o período do racionamento poderá a voltar a ser das 13 às 20 horas, caso o consumo caia novamente. “Tudo vai depender do comportamento dos nossos usuários. Sei que é difícil, mas agora é hora de sacrifício para que todos possam ter água neste período de estiagem.”

Rebaixamento do Bauru

Por causa da falta de chuva, das altas temperaturas e do consumo exagerado, algumas regiões de Rio Preto, que são abastecidas pelos poços do Aquífero Bauru, poderão enfrentar períodos sem água. O Aquífero Bauru, que abastece 50% da cidade, teve um rebaixamento, em alguns pontos da cidade, de 10 metros.

Desde 2014, Rio Preto não passa por uma situação semelhante a esta, em relação ao abastecimento de água. Naquele ano, porém, o País não vivia a pandemia do novo coronavírus e as temperaturas não eram tão altas. Além disso, a cidade tinha aproximadamente 30 mil moradores a menos.

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