sábado, 21 de dezembro de 2024
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MMXX

A velha e cansativa máxima, que repito aqui uma vez mais, a qual sugere que no Brasil o ano só começa depois do carnaval, pode confirmar que o novo ano…

A velha e cansativa máxima, que repito aqui uma vez mais, a qual sugere que no Brasil o ano só começa depois do carnaval, pode confirmar que o novo ano realmente começou, pois no Rio de Janeiro e em Recife, além de outras paradas, os blocos já estavam na rua no dia três.

Tem muito mais coisas espalhadas nas ruas, aqui e também mundo afora. Menciona-las soa como previsões para 2020 e, quem sabe, anos seguintes. Primeiramente, enumerando em ordem de valores, podemos citar as cagadas do Mr. Trump, sob o lema “Make Shit Great Again!”.

A merda defecada pelo Sr. Cabelos Dourados começa a se espalhar pelas calçadas do mundo. É provável que soldados americanos tenham morrido e que a queda do avião ucraniano possa ter ocorrido por ataque de míssil iraniano, resultado de estratégica cagada, matando centenas de pessoas.

Prenúncio número dois: o Borsalino, boca de jabuti, vai continuar falando besteiras nos próximos trezentos e cinquenta e seis dias do ano, ou até o final do mandato. O machão, fã do Coronel Ustra, não vai ao Fórum Econômico de Davos, com certeza por medo de morrer em um atentado terrorista iraniano. Deve estar sentindo o cheiro de esterco dourado americano ou do próprio, descendo perna abaixo.

As demais previsões são menos catastróficas, ao menos não afetam os demais, como aquelas, já que as atitudes dos líderes sempre são refletidas nos liderados. Quanto maior a posição e os erros cometidos, tanto maior as consequências e o sofrimento daqueles nas posições inferiores. Quanto mais embaixo na cadeia alimentar, maior o risco de extinção.

Entre as previsões rotineiras estão as enchentes. Nas mesmas cidades, mesmas áreas e mesmos locais. As mesmas catástrofes e as mesmas mortes, dos debaixo para cima na teia alimentar. De novo, somente os modelos dos carros, a data da tragédia e as roupas dos apresentadores dos telejornais. Não fossem elas, pensaríamos se tratar de reprise ou programa de retrospectiva do ano anterior.

Outro fato que, apesar de previsível, só percebi ao me deparar com a invasão dos canteiros centrais das avenidas pelo Incrível Exército de Brancaleone, formado por pessoas famintas pela redução do peso adquirido nas comemorações recentes, em busca do corpo perfeito objetivando extinguir a peste do modelo socialmente correto, numa guerra consigo mesmos.

Dos demais anúncios futuros, alguns já foram frustrados, como a morte de artistas famosos, que partiram antes mesmo de começar o novo ano. A briga por aparecer na mídia está tão acirrada que não quiseram disputar espaço com os mortos do ano seguinte.

Este ano terá um dia a mais no calendário e muitos dias a menos na prática. Serão realizadas eleições municipais (quando muitos trabalharão dobrado). Também por

preguiça, inércia, desalento, descrédito. Sensações responsáveis por roubarem o tempo e parte da vida.

Muito pode ser feito para o desenvolvimento pessoal neste novo ano. Aquilo que funcionou no passado, atualize.

Mas, o que não deu certo, ou abandone ou refaça de maneira diferente.

Xingar não é a opção. Maldizer e reclamar não constam nos manuais de autoajuda. Além do mais, enfraquecem a persistência.

Xerografar das metas do ano passado pode não ser sensato, as pessoas mudam, o mundo muda.

Em frente: é o melhor caminho. Enfrente: é a melhor solução.

Determinação é a ferramenta adequada.

Que tenhamos a Pax Romana e a paz humana. E um evolutivo MMXX.

Sérgio Piva

s.piva@hotmail.com

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