Uma missão idealizada por um padre de Fernandópolis (SP) mobilizou 100 voluntários, entre universitários e profissionais de saúde de diversas partes do Brasil, que partiram na quinta-feira (9) rumo à Amazônia. O objetivo é atender a reserva indígena dos Sateré-Mawé, no município de Barreirinha (AM). A ação, viabilizada pela Associação Humanitária de Universitários em Defesa da Vida (Univida), teve início na sexta-feira (10) e segue até 17 de janeiro.
Durante mais de uma semana, os voluntários realizarão atendimentos médicos, odontológicos e psicológicos. Esta é a quinta vez que a região do Baixo Amazonas é escolhida para a realização das atividades com os indígenas de Barreirinha.
A iniciativa surgiu em 2012, idealizada pelo padre Eduardo Lima, presidente da Univida e atuante no interior de São Paulo. Em entrevista à TV TEM, o padre destacou o impacto positivo da missão na vida dessas pessoas, que frequentemente não têm acesso a serviços de saúde: “Acima de tudo, é um sentimento de gratidão. São mais de 30 universidades parceiras que estão presentes em todo o estado. Ter a possibilidade de influenciar de forma positiva na vida de uma pessoa é indescritível”.
Ao todo, o grupo já realizou 19 missões, abrangendo não apenas a região amazônica, mas também Dourados (MS). Atualmente, representantes de mais de 30 universidades parceiras de diversas regiões do país auxiliam nos atendimentos.
A enfermeira e professora universitária de Fernandópolis, Sandra Refina de Godoy, que participa da missão pela quinta vez, ressalta a singularidade de cada experiência: “É um momento diferente do outro, a ansiedade, as pessoas, a comunidade. Então, o trabalho se torna uma surpresa, é algo inexplicável”.
A primeira missão, há cerca de 13 anos, ocorreu em Dourados (MS), proposta pelo padre em um Centro Universitário de Santa Fé do Sul (SP). Na época, contou com a participação de apenas 18 alunos do curso de odontologia e uma docente. O projeto, cujo tema da campanha daquele ano era saúde pública, rapidamente ganhou destaque.
Este ano, o estudante de direito Jean Carlos Gonçalves, de 21 anos, morador de Jales (SP), participa da missão pela primeira vez. Ele expressa a expectativa de retornar transformado pela experiência: “Eu acredito que minha ida vai mudar a minha perspectiva, vai ser uma missão muito gratificante para todos nós”.
Os voluntários que já participaram de missões anteriores relatam sentimentos de felicidade e realização, principalmente pela oportunidade de ajudar pessoas que tanto contribuíram para a história do país e que continuam desempenhando um papel importante na sociedade.