sábado, 23 de novembro de 2024
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Missão de paz no Haiti será tema de declaração específica do Grupo do Rio

Georgetown (Guiana) – Chanceleres e representantes de ministérios definiram, durante reunião em Georgetown, na Guiana, que a Missão de Paz no Haiti (Minustah) será objeto de uma declaração específica da…

Georgetown (Guiana) – Chanceleres e representantes de ministérios definiram, durante reunião em Georgetown, na Guiana, que a Missão de Paz no Haiti (Minustah) será objeto de uma declaração específica da 19ª Cúpula do Grupo do Rio . As discussões do encontro serão feitas amanhã (3).

“A discussão sobre o Haiti evoca a origem do Grupo do Rio, porque questões políticas no Caribe colaboraram para a formação do grupo”, lembrou o coordenador brasileiro do G-Rio, Eduardo Gradilone. Segundo ele, oito países que hoje integram o organismo se uniram na década de 80 para ajudar a resolver tensões políticas na Nicarágua. Devido ao êxito, os países da região consolidaram a iniciativa de concertação política e criaram o Grupo do Rio, em 1986.

Assimetrias entre os países da região, democratização das relações internacionais e questões sociais serão os três temas principais da cúpula e deverão constar no documento final do encontro presidencial, a Declaração de Turkeyen.

O programa temático dos chefes de Estado dos 20 países latino-americanos e caribenhos integrantes do grupo foi confirmado ao final da reunião de ministros de Relações Exteriores, realizada nessa quinta-feira (1°) na capital da Guiana.

Para o subsecretário-geral para América do Sul do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Jorge Taunay, “a finalidade do G-Rio é a de concertação, ou seja, combinar a posição dos países diante de questões regionais, como o caso do Haiti”. Segundo ele, todos os temas da agenda internacional atual serão mencionados na cúpula de Georgetown, mas só constarão em declarações os pontos em que houver consenso. Taunay participou da reunião dessa quinta-feira (1°) como representante do chanceler Celso Amorim, que chegará hoje a Georgetown com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o coordenador nacional do G-Rio, o presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, deverá fazer um pronunciamento sobre combate à pobreza, à fome e à desigualdade social na abertura da cúpula, marcada para as 19 horas de hoje, no teatro do Centro Cultural da Guiana. “As questões sociais serão abordadas na cúpula por meio da cobrança do cumprimento das oito Metas do Milênio”, destacou Gradilone.

Conforme a coordenação da cúpula, até a noite dessa quinta-feira estava confirmada a participação do primeiro-ministro de Belize e dos presidentes do México, Honduras, República Dominicana, Panamá, Chile e Venezuela, além dos presidentes do Brasil e da Guiana. A cúpula, portanto, será prestigiada por nove chefes de Estado. Os demais integrantes do G-Rio – Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru, Equador, Paraguai, Uruguai, Costa Rica, El Salvador, Guatemala e Nicarágua – deverão ser representados por chanceleres.

Além da abertura oficial no Centro Cultural da Guiana, haverá um jantar oficial na Casa de Governo, hoje à noite. As discussões do encontro acontecerão amanhã (3) no Centro de Conferência Internacional da Guiana.

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