O ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, divulgou neste sábado (27) uma nova mensagem de apoio ao candidato do PSL Jair Bolsonaro e afirmou que, no possível mandato do deputado, o italiano Cesare Battisti será extraditado.
“A votação de amanhã no Brasil, eu confirmo todo o meu apoio a Jair Bolsonaro. Neste vídeo me agradece garantindo que ele devolverá à Itália o terrorista vermelho [Cesare] Battisti, sempre protegido por políticos e intelectuais da esquerda de meio mundo”, escreveu Salvini no Twitter. A declaração foi publicada em resposta a um vídeo em que o candidato à Presidência do Brasil aparece com o deputado ítalo-brasileiro Roberto Lorenzato, que entrega uma carta do vice-premier italiano reafirmando seu apoio. “Obrigada pela carta, mas eu prefiro esperar até domingo para poder responder de forma mais ampla. De qualquer maneira, estou muito feliz com essa possibilidade, de nós, caso eu seja eleito presidente, fazer com que as relações com a Itália volte ao nível que os dois povos tenham a ganhar”, afirma Bolsonaro. Em uma possível vitória do deputado, Lorenzato pediu que ele envie Battisti como um “presente” para a Itália. A extradição do italiano é uma das promessas da campanha eleitoral de Bolsonaro.
Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país por envolvimento em quatro assassinatos e em atos terroristas. Ele pertencia à guerrilha de esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e diz ser alvo de perseguição política. No Brasil, ele é réu em dois processos diferentes por falsidade ideológica e evasão de divisas. O italiano recebeu asilo durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem (26), o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cotado para ser ministro-chefe da Casa Civil no eventual governo, disse que se o governo italiano solicitar, a extradição será autorizada.
“O terrorista e bandido albergado por Lula e sua quadrilha no Brasil vai cumprir o que a legislação italiana determina”, disse.
Bolsonaro e Salvini já haviam trocado mensagens após o atentado contra o postulante do PSL, no início de setembro. O ministro do Interior é secretário federal da Liga, hoje a principal força de extrema-direita na União Europeia. (ANSA)