Deputados ligados ao agronegócio e aos pequenos agricultores prometem apoio às ações do novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que assumiu a pasta com o discurso de fortalecimento da agricultura familiar e de promoção da reforma agrária.
Segundo ele, o diálogo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) será mantido e ampliado, mas com restrições à ocupação de terras produtivas.
O ministro argumenta que, apesar de avanços na área, o País ainda abriga cerca de 5 milhões de agricultores familiares em extrema pobreza. Para Florence, esse quadro tem que ser mudado com urgência:
“É necessária uma nova etapa de avanço no combate à pobreza; no desenvolvimento com inclusão social; e no protagonismo dos assentados e dos agricultores familiares, com o adensamento da cadeia produtiva, comercialização justa, assistência técnica, crédito e um conjunto de políticas para acesso à terra, entre elas a regularização fundiária e a reforma agrária na forma de desapropriação de terras.”
A promessa de melhoria da qualidade de vida do pequeno agricultor foi elogiada pela deputada eleita Luci Choinacki (PT-SC). Ela pertence ao núcleo agrário do partido e afirma que o combate à pobreza no campo está entre as prioridades do governo Dilma Rousseff.
“Fiquei muito feliz com a fala dele sobre o aprofundamento da política social de distribuição de renda e inclusão. Isso me dá a garantia de avanços nos projetos do campo, principalmente nos assentamentos, na reforma agrária e na agricultura familiar. Há pequenos agricultores que precisam de todo o apoio nas áreas de tecnologia, comunicação, estrada, preço, investimento e pesquisa.”