Todos os gastos feitos pelo ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, com cartão corporativo, em 2006 e em 2007, tiveram relação com agendas oficiais. A informação foi dada pelo próprio ministro, agora há pouco, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos.
“Todo gasto com cartão tem relação com a agenda oficial. Foi para pagar alimentação, hospedagem e veículo”, afirmou o Gregolin à CPMI instalada pelo Congresso Nacional.
Em 2007, o ministro gastou R$ 22,6 mil com cartão corporativo. Em 2006, gastou R$ 13 mil. Ele explicou que os pagamentos feitos no ano passado foram auditados pela Controladoria-Geral da União (CGU). “O parecer da CGU afasta suspeitas de irregularidades e diz que houve duas impropriedades”, disse.
Uma das impropriedades foi o pagamento de um almoço para uma delegação de pesquisadores chineses que visitava o Brasil. O valor total, de R$ 512,60, foi devolvido aos cofres públicos pelo ministro. Isto porque o gasto foi feito em Brasília, o que é proibido por lei. “Na nossa compreensão, não se tratava de pagamento de alimentação para servidor público em Brasília, o que é proibido pela legislação”, ponderou Gregolin.
O ministro disse que devolveu o dinheiro pago depois de ter sido orientado pela Secretaria de Controle Interno da Presidência. “Apesar de não ter havido dolo ou má-fé, recomendou-se o ressarcimento da quantia paga equivocadamente”.
Outra impropriedade constatada foi um pagamento de R$ 26 num almoço na cidade de Rio Grande. “Foi um erro administrativo. Já recolhi esse dinheiro”, assinalou o ministro.
Quanto ao pagamento feito na Choparia Pingüim, lugar tradicional de Ribeirão Preto (SP), o ministro disse que gastou R$ 70 em um almoço. “Tive uma agenda no município, cheguei e saí no mesmo dia. Almocei no restaurante que tem como razão social Lanchonete e Choparia Pingüim. A nota foi emitida com ticket do cartão às 14h12. Foi o único gasto que tive no município no dia todo e se tratava de um almoço”, explicou.