sexta, 15 de novembro de 2024
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Ministério Público quer que avô de Isabella seja investigado

O MP (Ministério Público) Estadual deve pedir, ainda nesta semana, que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) abra um novo inquérito policial para investigar novas denúncias contra…

O MP (Ministério Público) Estadual deve pedir, ainda nesta semana, que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) abra um novo inquérito policial para investigar novas denúncias contra Antonio Nardoni, avô de Isabella Nardoni, morta em março de 2008. O pai e a madrasta da menina estão presos condenados pelo crime. Uma funcionária do sistema prisional paulista fez denúncias de envolvimento do avô na morte da criança.

A promotora do 2º Tribunal do Júri de Santana, Kátia Peixoto Villani Pinheiro Rodrigues, que agora é responsável pelo caso, recebeu o documento com o relato da nova testemunha na última quinta-feira (11) e, após a análise, decidiu pedir a abertura de novo inquérito.

Novas denúncias

A funcionária do sistema penitenciário declarou, no dia 2 de dezembro, ao MP, que o advogado Antônio Nardoni pode ter participado da morte da neta de cinco anos. A mulher diz ter ouvido a versão da madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, no presídio de Tremembé, onde ela cumpre pena. A nova testemunhas teria ouvido da madrasta detalhes do dia do crime.

O casal teria ido ao supermercado, com Isabella, e passado por nervosismo quando o cartão não passou no caixa. Já no carro, a madrasta começou a agredir a menina “porque ela não parava de encher o saco” — palavras que, segundo a mulher, a própria Anna teria utilizado quando fez o relato.

Ainda segundo o depoimento, quando chegaram ao apartamento, na zona norte de São Paulo, eles pensavam que a menina já estaria morta. Foi quando, de acordo com a mulher, Anna decidiu ligar para o sogro.

— Falou para o sogro que matou a menina e ele falou: “Simula um acidente. Senão, vocês vão ser presos”. Aí, tiveram a ideia de jogar a menina pela janela. Que o Alexandre só jogou a filha porque acreditava que ela estivesse morta e que ele teria ficado em estado de choque ao descer do prédio e perceber que a menina estava viva.

O advogado Antonio Nardoni nega essa versão. A testemunha agora é protegida pelo Ministério Público.

Quando o caso foi julgado, em 2010, a versão dos promotores relatava que a menina foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta e depois jogada pela janela do 5º andar pelo pai, Alexandre Nardoni. Anna Jatobá foi condenada a 26 anos e Alexandre, a 31 anos de prisão.

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