Prefeito em apuros 1
O promotor eleitoral de Catanduva, André Luiz Nogueira da Cunha, recomendou a cassação do diploma do prefeito da cidade, o padre Osvaldo Rosa, do vice-prefeito, José Cláudio Romagnoli, e do vereador Luís Pereira. Indicou ainda a condenação de todos por abuso de poder econômico, com consequente inelegibilidade por oito anos, além de pagamento de multa.
Prefeito em apuros 2
O parecer foi dado em ação judicial na qual o diretório local do PT acusa o trio, e também cabos eleitorais, de compra de votos nas eleições municipais de 2020, da qual eles saíram vitoriosos. A ex-deputada estadual Beth Sahão (PT) também disputou a prefeitura e ficou em segundo lugar.
Prefeito em apuros 3
De acordo com o parecer do MP, com base em depoimentos e provas apresentadas por cabos eleitorais envolvidos, após investigação em inquérito policial, os acusados realizaram “intensa compra de votos”. O promotor cita que as provas seriam imagens comprovando a compra de votos.
Vice também
Além do prefeito, do vice e do vereador Luís Pereira, são citados na ação como responsáveis pelo esquema de compra de votos o pastor e coordenador de campanha do prefeito, Lucas Martins, e Francisco José Teodoro de Campos, assessor do vereador, e que teria arregimentado os demais representados, Claudemir Rodrigues Júnior e Sonia Maria Helena Prado. Os dois últimos – Claudenir e Sônia – teriam cedido a casa para o esquema e, arrependidos, resolveram denunciar o caso à Justiça. Por conta disso, o promotor pediu que eles, pela colaboração, sejam condenados apenas ao pagamento de multa no valor mínimo.
“Imagens nítidas”
“As imagens são nítidas e demonstram grande fluxo de pessoas, com a participação direta de Francisco, Lucas, Claudemir e dela própria, Sonia, com a presença das pessoas, indo e vindo, recebendo objetos, nitidamente dinheiro, até porque há imagem na qual, na entrada da casa, pode-se observar a entrega de mais dinheiro, pelo Lucas à Sonia, quando estaciona o seu carro em frente da casa”, escreveu o promotor no parecer, que agora será analisado pela Justiça Eleitoral de Catanduva.
Só negaram
Segundo o documento do Ministério Público, todos os envolvidos, em defesa por escrito, se limitaram a negar os fatos, sem explicar a movimentação mostrada nas “nítidas imagens.” “Os requeridos poderiam ter fornecido alguma explicação, limitando-se em suas contestações a negar os fatos, mas não fizeram nada, não ofertaram nenhum esclarecimento ao E. Juízo Eleitoral, nem mesmo se dignaram a requerer serem ouvidos”.