O Ministério da Saúde do Brasil fez uma comparação alarmante entre o vício em jogos online e o uso excessivo de substâncias como o álcool, enfatizando a necessidade urgente de reestruturação no atendimento a dependentes desse tipo de atividade.
De acordo com um parecer da Secretaria de Atenção Especializada, a ludopatia — termo utilizado para descrever o vício em jogos — deve ser tratada com a mesma seriedade que as dependências químicas. A secretaria destacou que o tratamento dos jogadores viciados precisa seguir um modelo semelhante ao que já é aplicado para dependentes de álcool e outras drogas.
Essa mudança implica em qualificar toda a rede de atenção psicossocial para lidar com as especificidades do vício em jogos, garantindo que os serviços de saúde mental estejam adequadamente preparados para atender a essa demanda crescente.
O Ministério da Saúde também se manifestou em um despacho ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde defendeu o fortalecimento das estruturas de tratamento para apostadores crônicos.
Essa posição surge no contexto de uma ação que tramita no STF, movida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O processo questiona os impactos da regulamentação das apostas online na saúde mental e na renda da população brasileira.
A crescente popularidade das plataformas de jogos online e apostas tem gerado preocupações sobre os efeitos colaterais desse vício. Dados recentes indicam que o vício em jogos pode levar a sérios problemas financeiros e de saúde mental, o que reforça a necessidade de políticas públicas que abordem essa questão de maneira eficaz.