Um grupo de viciados em drogas, formado por homens e mulheres, tem se reunido diuturnamente em um trecho da Avenida Francisco Jalles, no Jardim Romero, para usar drogas, principalmente o crack. O local é pouco habitado e fica numa das entradas da Vila União, bairro carente onde a polícia costuma prender traficantes de drogas.
A proximidade com os pontos de vendas e a razoável distância das residências estimula o consumo no local. Sem contar a facilidade para avistar uma viatura policial à distância.
A reportagem esteve no local na tarde de sexta-feira, 19 de junho, e constatou o fato, que foi confirmado por moradores. Um grupo de cinco jovens, entre eles duas mulheres, estava sentado no canteiro central da avenida. Eles fumavam e dividiam uma garrafinha plástica de cachaça.
Segundo os moradores, eram “os manos”, com quem ninguém ousava mexer. “Isso é todo dia. De dia e de noite. Eles ficam pra lá e nós pra cá. Fingimos que nem vemos”.
Um dos moradores disse que o grupo não tem número certo de integrantes. “É só alguém aparecer com uma pedra que junta logo um monte de gente em volta. Outro dia tinha umas 12 pessoas debaixo de uma árvore. Estava um sol bem quente e acho que eles estavam tentando se proteger na sombra”.
Duas senhoras com quem a reportagem conversou contaram que os viciados costumavam ficar sentados na porteira ou no meio-fio de um terreno ao lado do campo e futebol do bairro, mas mudaram de lugar recentemente depois que o imóvel foi loteado.
“Eles embalavam a droga num saquinho bem fechado para não molhar, depois enterravam e colocavam alguma coisa para marcar o lugar. Depois deixavam guardado e voltavam para usar à noite”.
Ao avistar a reportagem, os viciados deixaram o ponto ao poucos. As duas mulheres caminharam em direção a uma pequena cabana nas margens do Bosque Municipal, onde supostamente costumam usar drogas. Os homens fizeram o sentido inverso e foram até o bairro para depois retornar e seguir o mesmo caminho das mulheres.
Onde eles estavam, a reportagem encontrou indícios de consumo de drogas e bebida alcoólica. Havia maços de cigarro vazios, copos plásticos, uma garrafinha plástica de cachaça, camisinhas, um isqueiro velho e caixas de fósforo vazias.
Jornal A Tribuna