Arianne Risso é uma das 62 vítimas da queda do avião da companhia aérea VoePass, antiga Passaredo, que caiu em uma área residencial, na tarde dessa sexta-feira (9/8), em Vinhedo, no interior de São Paulo. Médica, ela viajava com Mariana Belim, colega de trabalho, para participar de um congresso.
Na porta do IML, Fátima Alburquerque, mãe de Arianne, desabafou sobre a dor de perder a filha no acidente.
“Arianne era o rosto do amor. Deus não tirou minha filha. Quem tirou foram assassinos, cruéis, capitalistas. Foi a ganância humana”, disse. “Eu não tenho mais nada. Eu não tenho mais vida a partir de hoje. É só dor. E essa dor se transformou em indignação”, falou, emocionada. “Eu vou lutar a cada dia. A minha vida será dedicada a essa causa.”
Depois, aos prantos, Fátima questionou as autoridades. “Um monte de vídeo já dizendo que eles estavam colocando todo mundo em risco. Ministério Publico não viu isso? A ANAC não viu isso? Agora que matam nossos filhos? Eu recolhi DNA para reconhecer minha filha. Em que estado ela está? Era era uma mulher de 1,70m, forte.”
Durante o depoimento, Fátima também falou da amiga da filha. “Os pais dela estão de cama, não conseguiram vir. Mariana se casou em fevereiro, uma menina linda”, afirmou.
Identificação das vítimas
Após intenso trabalho de combate às chamas e resgate que durou cerca de 30 horas e localizou os corpos das 62 vítimas do acidente aéreo com o avião da VoePass, as atenções se voltam, neste domingo (11/8), para o trabalho de identificação dos passageiros e tripulantes no Instituto Médico Legal (IML)