domingo, 24 de novembro de 2024
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Meteoro cruza o céu de Maringá, explode e causa clarão na madrugada

Uma câmera de segurança instalada no alto de um prédio em Maringá, no norte do Paraná, registrou um clarão e o “risco” formado no céu por um meteoro que caiu…

Uma câmera de segurança instalada no alto de um prédio em Maringá, no norte do Paraná, registrou um clarão e o “risco” formado no céu por um meteoro que caiu na madrugada de terça-feira (7).

O caso foi registrado em outras cidades do estado, como em Cascavel e Capanema.

Na imagem, é possível ver o meteoro cruzar o céu no canto direito do vídeo. Ele “explode” e, instantes depois, desaparece.

De acordo com o astrônomo Marcelo de Cicco, o meteoro é conhecido como bólido e foi visto do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Foi um bólido que penetrou em alta velocidade, com alguns milhares de quilômetros por hora, e acabou explodindo no céu”, explicou.

O que é um meteoro bólido e por que brilha?
Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que um meteoro surge a partir de pedaços de rochas que, do espaço, são atraídos pelo campo gravitacional da Terra e acabam caindo por aqui. O que faz com que o bólido brilhe mais é o tamanho incomum do objeto espacial.

“Quando esses objetos entram em contato com a atmosfera, viajando muito rápido, eles queimam, porque o atrito com o ar aquece muito e pode causar um fenômeno que parece uma explosão”, explicou Gonçalves.

No pico da “queima” do bólido é quando se vê o clarão, que pode iluminar cidades à noite e superar o brilho da Lua cheia, por exemplo.

“Bólido é como se fosse uma estrela cadente muito, muito brilhante. Alguns bólidos podem ser várias vezes mais brilhantes que a Lua cheia por causa desse atrito, da queima da rocha enquanto ela está entrando na atmosfera”, informou o astrônomo.

Medição do brilho
A magnitude mede o brilho de um meteoro a partir de um observador na Terra. Os valores de magnitude aparente dos objetos podem variar entre -27 até +30. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor da magnitude dele.

Segundo o astrônomo, um bólido é caracterizado por uma magnitude aparente na casa dos -14.

Bolas de fogo, também consideradas meteoros, têm um brilho de -4. O Sol, objeto mais brilhante no céu, tem uma magnitude aparente de -27.

Há risco?
O brilho intenso de um meteoro bólido não causam perigo algum, de acordo com o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves.

“[A explosão] em geral acontece há algumas dezenas de quilômetros da superfície terrestre. Nada que possa causar nenhum tipo de dano. Não é algo que gere nenhum risco para a população”, disse.

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