sábado, 21 de dezembro de 2024
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Metalinguagem: Babel

A Bíblia narra a história de todos os povos que falavam a mesma língua. Unidos e com o propósito egoísta de construir uma torre tão alta, a chamada Torre de…

A Bíblia narra a história de todos os povos que falavam a mesma língua. Unidos e com o propósito egoísta de construir uma torre tão alta, a chamada Torre de Babel, eles queriam provar a Deus que eram tão capazes quanto. Este confundiu-lhes a língua para desuní-los por meio da fala e se formar várias outras tribos.

O filme BABEL mostra a história de quatro povos (culturas) distintos e que de alguma forma estão entrelaçados. Todo esse contexto da diversidade cultural entre marroquinos, americanos, espanhóis e japoneses pressupõem-se que a comunicão não se realize, o que de certa forma acontece, pois cada país tem seu próprio código linguístico.

Porém, a fronteira existente nessa comunicação interpessoal está dentro de casa, entre pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado. As pessoas fogem e procuram não dialogar sobre o que as afligem, sendo, às vezes, o discurso dos indivíduos o próprio motivo gerador de conflitos, cada um voltado para o seu universo, preso ao seu mundinho. Tecnicamente, BABEL não pode ser traduzido, pois perderia sua essência, havendo uma unidade linguística.

Contudo, ao assistir a um filme, para melhor compreensão, alguns optam em vê-lo em sua língua materna. No caso em questão, não há como fazer essa escolha, dessa forma, pessoas menos instruídas não conseguiriam decodificar a mensagem. Assim, ficção e realidade se fundem. A dificuldade na interação texto cinematográfico/telespectador se extende à realidade, um refletido no outro.

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