segunda, 18 de novembro de 2024
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Mesmo em branco, prova do Enem 2011 rende boas notas a candidata

Uma candidata que fez o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 e entregou a prova em branco tirou notas maiores que as mínimas registradas no teste. Além disso, ao…

Uma candidata que fez o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 e entregou a prova em branco tirou notas maiores que as mínimas registradas no teste.

Além disso, ao questionar o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) sobre o motivo, recebeu um documento com uma série de erros de português.

Mônica Nunes é professora de física em um cursinho de Campinas (SP) e foi fazer a prova para poder levar o caderno de questões.

A docente afirma que chegou a resolver a prova da disciplina que leciona, mas não passou a resposta para o gabarito –nem da prova de física, nem de nenhuma outra. Ela somente assinou a folha de respostas e preencheu a frase de verificação. Em recente entrevista a professora disse que deitou e dormiu a prova inteira.

Por causa da TRI (Teoria de Resposta ao Item), não é possível tirar nota zero nas provas objetivas, só na redação. As menores notas possíveis são exatamente as mínimas, divulgadas pelo MEC (Ministério da Educação) no final de dezembro. Ao saber disso, Mônica decidiu questionar o Inep o motivo de não ter ficado com o mínimo em três provas.

Outro lado

O Inep, em nota, afirmou que “as notas mínimas divulgadas referem-se a uma prova especial. Como o candidato estava inscrito para provas regulares, as notas apresentadas mostram uma pequena variação a maior”.

Ou seja: de acordo com o órgão, a prova “especial” (como, por exemplo, a aplicada a estudantes deficientes visuais) é mais difícil -apesar de ser exatamente o mesmo exame- o que reduziria as notas.

Apesar disso, em uma nota técnica em que explica como é feita a correção das provas objetivas, o órgão diz claramente que quem, por exemplo, erra todas as questões, recebe a nota mínima.

“Assim, uma pessoa que erra todas as questões recebe o valor mínimo do teste, e não uma nota zero, pois não se pode afirmar a partir do teste que ela possui zero conhecimento”, diz o documento. O texto está disponível no site do instituto.

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