quarta-feira, 18 de setembro de 2024
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Menor cidade do país alterna prefeitura entre mulher e ex-marido há 24 anos

Serra da Saudade (MG), o município com a menor população do Brasil, com 854 habitantes, deve iniciar o próximo ano com um rosto familiar à frente da prefeitura. A servidora…

Serra da Saudade (MG), o município com a menor população do Brasil, com 854 habitantes, deve iniciar o próximo ano com um rosto familiar à frente da prefeitura. A servidora aposentada Neusa Ribeiro (PP), ex-mulher do atual prefeito Alaôr Machado (PP), é a favorita para assumir o cargo, após ter governado a cidade de 2009 a 2016. Neusa vai suceder seu ex-marido, que completará seu quinto mandato no final deste ano.

Desde 2001, Neusa e Alaôr têm se alternado na liderança do município, localizado na região centro-oeste de Minas Gerais. A ex-prefeita, no entanto, afirma que sua candidatura representa uma continuidade, mas destaca que cada gestão tem suas particularidades e que não trabalha em conjunto com o ex-marido na campanha. Apesar da separação em 2004, a relação entre os dois é descrita como amistosa, e eles mantêm uma divisão clara entre suas administrações.

A cidade, com uma área maior que a capital mineira, tem uma das menores densidades demográficas do país, com 2,48 habitantes por metro quadrado. A maior parte da população reside na zona rural, dedicada à pecuária, enquanto cerca de 400 pessoas vivem no ambiente urbano, das quais 150 trabalham na administração municipal. O serviço de saúde, considerado um dos grandes acertos das gestões anteriores, é um ponto destacado pelos moradores.

Derli Donizete (Avante), que concorre pela terceira vez consecutiva, enfrenta uma campanha difícil. Ele critica a influência dominante de seus adversários e afirma que a falta de adesivos e materiais de campanha não afetará seu desempenho. A maioria dos 18 candidatos à Câmara Municipal apoia Neusa, reforçando a perspectiva de continuidade na administração local.

Geraldo Fiuza, o vereador mais longevo do município, afirma que o tamanho das famílias, que antes influenciava fortemente o voto, tem perdido importância. “Antes, as famílias votavam mais unidas, hoje nem tanto. Elas estão muito divididas, acho que pesa a questão da inveja”, concluiu. As informações são da Folha de S. Paulo.

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