Meninos e meninas são iguais em número no momento da concepção, mas a mortalidade dos fetos do sexo feminino durante a gravidez é maior, elevando ligeiramente o número de nascimentos de bebês do sexo masculino – segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
Os autores do estudo, publicado nos anais da Academia Nacional de Ciências (PNAS) americana, analisaram a relação de sexo em fetos em diferentes fases da gravidez.
Por exemplo, eles estudaram embriões de três a seis dias resultantes de técnicas de reprodução assistida, aborto induzido, bem como de amniocentese. Eles também analisaram as estatísticas de nascimentos e mortes de crianças nascidas registradas no escritório norte-americano de estatísticas.
“Nossa estimativa da relação entre os sexos na concepção é a mesma para meninos e meninas, o que contradiz a previsão anterior dos especialistas de que haveria um maior número de meninos do que meninas concebidas”, explicou o principal autor do estudo, Steven Orzack, do Instituto Fresh Pond Research, em Cambridge, Massachusetts.
Os pesquisadores descobriram que primeiro houve uma maior proporção de embriões do sexo masculino com anomalias na concepção e que a mortalidade dos embriões masculinos superava a das meninas na primeira semana de gestação.
Mas esta relação é invertida durante as próximas 10 a 15 semanas. Em seguida, entre a 28ª e 35ª semana de gestação, a mortalidade dos fetos do sexo masculino é maior do que entre os fetos do sexo feminino.
Pesquisas realizadas anteriormente sugeriam que a proporção entre os sexos na concepção favorecia meninos e que a mortalidade masculina superava a de meninas durante a gravidez.