sábado, 15 de março de 2025
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“Menino mais forte do mundo” revela abusos do pai: “Me batia para eu treinar”

Richard Sandrak ficou conhecido mundialmente como “o menino mais forte do mundo” aos 11 anos. Sua impressionante força e físico chamavam a atenção, especialmente por sua capacidade de levantar até…

Richard Sandrak ficou conhecido mundialmente como “o menino mais forte do mundo” aos 11 anos. Sua impressionante força e físico chamavam a atenção, especialmente por sua capacidade de levantar até três vezes o próprio peso. No entanto, por trás da fama, havia uma história de sofrimento e abuso que ele decidiu revelar aos 32 anos.

Nascido na Ucrânia e criado na Pensilvânia, nos Estados Unidos, o garotinho iniciou um regime de treinamento extremo desde muito pequeno. Apesar da admiração pública, surgiram suspeitas de que seu pai o forçava a seguir rotinas exaustivas. Agora, ele confirma essas suspeitas e detalha os abusos sofridos na infância.

Em entrevista ao jornal britânico Metro, Sandrak revelou o sofrimento físico e emocional que enfrentou desde cedo. Ele descreveu como os treinamentos eram excessivos e como o pai, Pavel, exercia um controle severo sobre sua vida, impedindo-o até de frequentar a escola e socializar com outras crianças.

“Quando as pessoas falam de lembranças da infância, geralmente são memórias felizes. Eu não tenho isso. Para mim, o abuso era algo cotidiano”, contou.

A rotina de Sandrak incluía sessões de treino de até oito horas diárias e uma dieta rigorosa para manter sua forma física. Seu pai, que sofria ataques de ira, impunha exercícios extremos, chegando a forçá-lo a fazer agachamentos ininterruptos enquanto assistia a filmes.

“O que começou como um treino normal virou algo brutal, com sessões de 12 horas seguidas. Era como estar preso em uma situação de refém”, relatou.

Montagem de fotos de Richard Sandrak ainda criança e adulto
Richard Sandrak criança e adulto – Reprodução

Sem amigos para orientá-lo sobre o que era normal, o menino cresceu sem perceber a gravidade do que vivia. Seu pai não apenas impunha treinamentos intensos, mas também usava violência física para obrigá-lo a continuar: “Ele me batia para me forçar a treinar. Aprendi desde pequeno a não dizer não. Eu apenas cerrava os dentes e fazia o que ele mandava”.

Apesar da fama e do contato com celebridades, Richard Sandrak vivia uma realidade de sofrimento. O assédio da mídia, no entanto, fez com que seu pai moderasse o tratamento em público. No entanto, o abuso continuava nos bastidores.

Decidido a mudar sua vida, Sandrak tomou coragem e denunciou o pai às autoridades. Ele ligou para o 911 e pediu ajuda. A polícia prendeu Pavel, que foi posteriormente deportado para a Ucrânia. “Foi um alívio enorme quando o levaram. Minha vida mudou dali em diante”, declarou.

Desde então, Richard Sandrak nunca mais viu o pai e não tem intenção de revê-lo. “Dizem que é preciso perdoar e esquecer. Talvez eu possa perdoar um dia, mas esquecer? Nunca.”

Após anos afastado dos holofotes, ele abandonou o fisiculturismo e seguiu uma vida longe das câmeras. Hoje, ele se dedica a atividades comuns, buscando superar o passado e construir um futuro baseado na liberdade e no autoconhecimento.

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