A criança que foi internada na última quarta-feira na Santa Casa de Votuporanga, vítima de espancamento continua no hospital com estado de saúde estável.
A delegada Edna Rita, responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi registrado um boletim de ocorrência e aberto um inquérito, informou que está ouvindo as testemunhas que encontraram a criança com os ferimentos.
“O caso está sendo investigado, ainda não concluímos os depoimentos para ter um resultado”, disse. Já o conselheiro Douglas Araújo, que acompanhou o caso informou que ainda hoje deve sair a decisão da promotoria sobre o pedido de medida protetiva ao menino.
“Até o momento não recebemos a resposta do Ministério Público, mas acredito que ainda hoje saia essa decisão, já que a criança pode receber alta nesta sexta-feira, e precisamos de uma posição de para onde ela deva ir”.
A criança deverá passar por um exame de corpo de delito do IML e também será ouvida por psicólogos. O menino está internado sob responsabilidade da Santa Casa, já que não pôde ter ninguém como acompanhante. “Ninguém da família da mãe da criança reside em Votuporanga e como ele não tem pai, e sim um padrasto, não tinha ninguém com grau de parentesco que pudesse ficar como acompanhante dela”, disse o conselheiro.
Douglas ainda disse que visitou a criança novamente ontem, e que o mesmo já estava aparentando estar bem melhor. “Ele está sendo muito bem cuidado pelos funcionários do hospital, eu percebi muito amor e carinho por parte das enfermeiras”, falou.
O O Jornal apurou que o menino também já recebeu alguns brinquedos e roupas novas de pessoas que se solidarizaram com a sua história. O caso Na última quarta-feira, um menino de apenas três anos de idade deu entrada na Santa Casa de Votuporanga com suspeita de espancamento.
O caso foi descoberto e denunciado ao Conselho Tutelar que de imediato levou a criança ao hospital para cuidados médicos.
De acordo com o conselheiro Douglas Araújo, que atendeu o caso, a criança estava visivelmente machucada, com ferimentos na face e pescoço. “É uma suspeita muito grave, estamos acompanhando o caso desde a manhã e agora levaremos um relatório ao Ministério Público para que entrem com uma medida protetiva contra a criança, para que ela não volte à família quando sair do hospital, até que o caso seja solucionado”, disse o conselheiro.