quarta-feira, 25 de setembro de 2024
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Menino de 15 anos vende café no semáforo para realizar sonho

Há dois anos, Rhiquelme Ivan Morais Ferreira, de 15, vende copos de café nos semáforos de São Vicente, no litoral de São Paulo, de segunda a sexta-feira. Ao g1, o…

Há dois anos, Rhiquelme Ivan Morais Ferreira, de 15, vende copos de café nos semáforos de São Vicente, no litoral de São Paulo, de segunda a sexta-feira. Ao g1, o jovem afirmou que o dinheiro das vendas é guardado para realizar o sonho de abrir o próprio negócio.

Segundo a mãe dele, Andressa Morais, o filho fica no semáforo da Avenida Capitão Mor Aguiar e a Rua Marquês de São Vicente. Ele fica no local das 7h15 às 8h30, ou até que o café todo tenha sido vendido. “Tenho meus clientes fixos que compram comigo todo dia”, diz Rhiquelme.

Andressa Morais lembra que as vendas do menino começaram aos 13 anos, logo no início da pandemia de Covid-19. De acordo com ela, Rhiquelme sempre quis ter a própria independência financeira e, por ficar muito tempo em casa após as escolas fecharem, ele deu a ideia de vender balas nos semáforos.

“Ele viu uma pessoa vendendo balas no ‘sinal’ e pediu para começar a vender também”, conta a mãe dele. Após comunicar aos pais o desejo de entrar no mundo das vendas, a família, porém, começou a pensar em algo mais “criativo”. Juntos, eles chegaram à ideia de comercializar copos de café.

Em julho de 2020, Andressa passou a fazer uma garrafa cheia de café para Rhiquelme vender a bebida. Com o retorno das aulas presenciais, os pais solicitaram à diretoria da escola para mudar as aulas dele para o período noturno. “Ele faz curso de espanhol à tarde também. Então, não atrapalhou nada, até porque o foco dele é o estudo”.

A mãe ainda ressalta que, caso ele não conseguisse a vaga no período noturno, ele teria que parar com o trabalho. Andressa conta que, apesar de ele ter começado as vendas apenas para ter a independência financeira, hoje em dia o menino insiste em ajudar em casa quando pode. “Sempre que precisar de alguma coisa, o Rhiquelme ajuda. Ele é um menino de ouro”.

O dia a dia no semáforo
A família mora próximo ao semáforo que já se tornou o ponto oficial de Rhiquelme, que vai sozinho todas as manhãs até lá. De acordo com o jovem, ele vende cerca de 30 copos pequenos de café puro, que são vendidos a R$ 2, já os grandes custam R$ 3.

“Espero que meus clientes permaneçam comigo e que eu consiga juntar dinheiro para abrir o meu próprio negócio”, afirma o menino. Porém, antes de realizar o sonho de empreender, ele espera cursar a faculdade de Administração. “Essa é a entrada que eu quero percorrer, abrir a minha própria empresa e ser um empresário”.

Rhiquelme ainda afirma que nos últimos dois anos, inclusive, conseguiu ajudar algumas pessoas próximas e amigos a terem iniciativas como a dele. “Gosto muito de fazer o que faço e é muito gratificante ver que tem outras pessoas que se inspiram em mim”.

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