O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou neste sábado (24) um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar o presidente Jair Bolsonaro e pessoas ligadas a ele pela compra de imóveis em dinheiro vivo.
“Não há elementos probatórios suficientes (justa causa) para autorizar a deflagração da persecução criminal”, diz o ministro na decisão.
O pedido foi feito com base em reportagem do portal UOL que considerava o patrimônio do presidente, dos três filhos mais velhos, da mãe, de cinco irmãos e duas ex-mulheres no Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o texto, são 107 imóveis, dos quais 51 foram comprados com dinheiro vivo. Em valores corrigidos pela inflação, o montante equivale hoje a quase R$ 26 milhões, de acordo com a reportagem.
Mendonça afirmou que a representação de Randolfe, que também pedia bloqueio de contas e busca e apreensão, baseou-se apenas em matéria jornalística, “sem que tenham sido apresentados indícios ou meios de prova minimamente aceitáveis que corroborem as informações”.
“Especificamente em relação ao presidente da República, a reportagem não traz indicativo sequer de que tenha havido aquisição pessoal de imóvel, tampouco de que tenha havido alguma ilicitude por ele perpetrada, do que resulta absolutamente precária qualquer ilação no sentido de que os apontados imóveis sejam produto de crime”, afirmou.