Mangostão, mangustão, mangostin ou simplesmente “a fruta mais saborosa do mundo”. Esses são alguns dos títulos usados para se referir à primeira colocada no ranking dos 10 melhores frutos do planeta.
Com uma casca de coloração roxa escura e polpa esbranquiçada, a fruta até lembra a brasileiríssima jabuticaba, que conquistou a segunda colocação da lista elaborada pelo TasteAtlas. Mas não se engane!
A origem do mangostão nada tem a ver com o Brasil, apesar de existir pequenos cultivos na região Norte do país. A fruta é nativa do Arquipélago Malaio, um grupo de ilhas localizadas no sudeste asiático.
Foi por lá que a fruta passou a ser explorada de diferentes formas, para além do consumo in natura.
Desde então, o mangostão “caiu no gosto” das pessoas e até da realeza britânica, ganhando um novo apelido: “a rainha das frutas”.
Quer saber mais sobre essa fruta? Abaixo, o g1 mostra seis curiosidades sobre o mangostão.
🌳 Patriarcas vivas
No Brasil, as primeiras sementes de mangostão chegaram por volta de 1935. Bahia foi o primeiro estado a tentar cultivar a planta de origem asiática, mas teve dificuldades.
Somente em 1942, após um navio indiano – que seguia ao Panamá – deixar 400 sementes da fruta em Belém (PA), que o Brasil passou a contar com pomares de mangostanzeiros.
Das primeiras plantas do estado nortista, ao menos quatro ainda são mantidas vivas na sede da Embrapa Amazônia Oriental, que fica na capital do estado paraense.
💸 Para poucos bolsos
O mangostanzeiro demora quase dez anos para começar a frutificar. Após o nascimento dos primeiros frutos, pequenas colheitas ocorrem nos meses de março e agosto. Cada árvore produz em média 1,5 mil frutos.
No Brasil, estima-se que haja 400 hectares plantados da espécie, um número baixo em relação aos outros cultivos de frutas. A baixa produção reflete na pouca oferta da fruta e resulta no preço elevado de venda nos varejos, que varia entre R$ 120 e R$ 200.
👑 Fruta da rainha
A rainha Vitória (1819-1901), da Inglaterra, teria considerado o mangostin a fruta mais saborosa do mundo, o que lhe rendeu o apelido de “rainha das frutas”, segundo o agrônomo da Embrapa Urano de Carvalho.
Além disso, a aparência e o sabor tornaram a fruta uma convidada frequente nos banquetes da mais longeva monarca britânica da história, Rainha Elizabeth II, afirmou o agrônomo.
“A própria princesa Diana, quando veio aqui ao estado do Pará, foi presenteada com uma caixa de mangostão dada pelos produtores”, disse Urano.
🎨Mil e uma utilidades
O mangostão pesa cerca 117 gramas, mas apenas 32,5% da fruta é comestível. A casca, o pericarpos (camada entre a polpa e a casca) e as sementes representam 67,5 % do fruto.
Para não desperdiçar mais da metade da fruta, os produtores usaram a criatividade. Na China, extratos de pericarpos são usados no tingimento de couro.
A madeira do mangostanzeiro também é aproveitada na construção de mobílias.
Já o córtex (casca da fruta) contém tanino, que é usado como tinta comercial. Esse mesmo material, na forma sólida, é usado ainda no cozimento como adstringente em casos de disenteria crônica.
💊 Reduz colesterol
Também na casca do mangostão são encontradas oito tipos de xantonas, substância com alto poder antioxidante, que tem despertado o interesse das indústrias de alimentos e farmacêutica.
O material é conhecido por agir no combate aos radicais livres e por reduzir a taxa de colesterol no plasma sanguíneo. Esses atributos explicam o fácil acesso às cápsulas contendo extrato da casca de mangostão no mercado.
🔦Polpa translúcida
Apaixonados pelo mangostão garantem que o jeito mais saboroso de consumi-lo é in natura.
A polpa translúcida da fruta é extremamente doce e suculenta. Isso acontece porque ela é formada por 80% de água.