quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Megaoperação detém 220 pessoas em 5 horas

Equipe de policiais e de representantes de órgãos fiscalizadores flagraram menores em lan houses no Centro e em boate Em cinco horas de intensa fiscalização, a maior operação conjunta organizada…

Equipe de policiais e de representantes de órgãos fiscalizadores flagraram menores em lan houses no Centro e em boate

Em cinco horas de intensa fiscalização, a maior operação conjunta organizada entre Polícias Civil e Militar, Guarda Civil, órgãos fiscalizadores da Prefeitura, Poder Judiciário e Promotoria Pública desse ano em Catanduva autuou duas lan houses e uma casa de prostituição e interditou um bar, uma boate e um bordel, sexta-feita, 08. Um traficante foi preso em flagrante com 15 pedras de cocaína, e cerca de 220 pessoas foram detidas para averiguação. A equipe de reportagem do Notícia da Manhã acompanhou a operação do início ao fim e traz reportagem exclusiva aos leitores.

Objetivo
Policiais militares, agentes da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), oficiais da Força Tática, vigilantes sanitários, conselheiros tutelares, guardas civis municipais e representantes do Setor de Tributos e Fiscalização da Prefeitura, da Promotoria Pública e do Poder Judiciário definiram um esquema especial para fiscalizar lan houses, bares, hotéis, boates e casas de prostituição, espalhados em diversos pontos de Catanduva.

“O objetivo dessa ação em conjunto é verificar irregularidades em locais de aglomeração pública e, conseqüentemente, autuar os infratores. Sabemos que muitos não respeitam a lei”, informou o tenente Paulo Henrique Coltre, da Polícia Militar.

Lan houses
Em comitiva, por volta das 21 horas, as viaturas e veículos oficiais seguiram para a primeira etapa da operação: fiscalizar três lan houses. Na primeira delas, localizada no cruzamento das ruas Sete de Setembro e Goiás, Higienópolis, foram flagrados oito menores, a maioria deles sem documentos de identificação, usando os computadores. O Conselho Tutelar, com apoio da polícia, autuou o proprietário e retirou os menores do estabelecimento.

A segunda lan house fiscalizada, na rua Marília, São Francisco, apresentou problemas mais graves. Além de 10 menores sem documentação, não havia alvará de funcionamento e teve de ser interditada temporariamente. O responsável pelo estabelecimento recebeu autuação do Setor de Tributos e Fiscalização.

Por fim, a terceira lan house, na rua Quinze de Novembro, Solo Sagrado, teve a cantina interditada com fitas de isolamento. Os proprietários do ponto não possuíam alvará e licença da Vigilância Sanitária para vender bebidas e aperitivos e, portanto, estavam fora da lei.

Bares e hotéis
A segunda etapa da megaoperação de sexta-feira girou em torno de bares e hotéis. Situado na avenida São Domingos, Centro, um bar teve de ser totalmente lacrado devido a inúmeras irregularidades. No ponto comercial, não havia alvará da Vigilância Sanitária, e parte da estrutura, principalmente nos fundos, onde haviam um alojamento e uma cozinha, estava em mau estado de conservação. Vinte e cinco pessoas foram detidas, dentre eles um indivíduo que teve de ser encaminhado ao Plantão Policial por portar um canivete na cintura.

Por outro lado, um hotel localizado na rua Brasil, Centro, foi o único ponto, fiscalizado durante a operação, que possuía documentações em ordem e não proporcionava riscos à população quanto à conservação do prédio e limpeza do ambiente. Dez prostitutas e travestis, que faziam ponto em frente ao hotel, passaram por averiguação e foram liberados em seguida.

Boate
A equipe de fiscalização flagrou dois menores sem carteira de identidade em uma boate localizada na avenida Elias Bauab, Parque Ipiranga.

“No alvará, um item informa claramente que é permitida a entrada de maiores de 16 anos, mas estes precisam apresentar identidade. Como não há uma pessoa responsável em fiscalizar isto, tivemos de fechar o local temporariamente”, explicou a juíza da 2ª Vara Criminal da Infância e Juventude de Catanduva, Sueli Juarez Alonso, que esteve presente na operação.

O proprietário da boate recebeu autuação, e aproximadamente 80 pessoas foram revistadas. O local apresentava alvará da Vigilância Sanitária, expedido em 2000.

Prostíbulos
A etapa final da ação deu-se em três casas de prostituição localizadas no quilômetro 1 da rodovia vicinal Vicente Sanches, que liga Catanduva a Catiguá.

No total, 80 pessoas passaram por averiguação. Dois dos bordéis foram autuados pelo Setor de Tributos da Prefeitura por não possuírem alvará de funcionamento. Já a Vigilância Sanitária notificou um das casas e interditou totalmente outra.

“Interditamos a cozinha e um dos quartos do alojamento, pois estavam irregulares e sem alvará”, comentou Ricardo Alessandro da Silva, chefe da seção da Vigilância de Catanduva.

A operação contou também com a presença do promotor de Justiça Antonio Bandeira Neto.

Resultado
Para o comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar local, Rommel Camacho Lopes, o resultado da megaoperação foi bastante satisfatório.

“Com a união dos esforços de todos os setores e órgãos envolvidos, organizamos uma operação com fins de alertar os proprietários de estabelecimentos públicos e averiguar irregularidades. Senti que a equipe que participou da ação está bem treinada e é capaz”.

Traficante
Os policiais militares, ao chegarem na boate localizada na avenida Elias Bauab, por volta das 00h50 de ontem, detiveram o mecânico João Batista Guilherme, de 35 anos, que se portou de maneira suspeita e tentou fugir correndo. O indivíduo brigou com os PMs, agrediu-os verbalmente e não quis se identificar.

Os policiais tiveram de usar a força física para imobilizar o mecânico, que resistiu por várias vezes no momento da abordagem.

Em sua cueca foi encontrado um paliteiro com quinze invólucros de cocaína, além de R$ 21. Conhecido nos meios policiais, ele foi detido e encaminhado ao Plantão Policial. O delegado recolheu a droga e ratificou a voz de prisão em flagrante do indivíduo, apelidado de ‘Batistinha’, acusado de tráfico.

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