O médico José Usan Júnior, que foi multado pela Justiça por acumular oito empregos em quatro diferentes cidades da região de Araçatuba (SP), teve a multa dobrada pelo Tribunal de Justiça de SP e terá que pagar mais de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos, sob pena de ter os bens penhorados, caso não pague, e 10% de multa sobre o valor – crescimento de R$ 220 mil.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, Usan Júnior era um empregado fantasma que cometeu improbidade administrativa.
O caso foi descoberto após o Ministério Público de Araçatuba desconfiar do acúmulo de funções de alguns médicos da região e pedir às prefeituras os cartões de ponto deles.
Na época, o MP recebeu uma lista com 60 médicos com emprego fantasma. Todos eles foram chamados à Promotoria e a maioria devolveu parte dos salários que recebiam e renunciaram a alguns cargos. Usan, porém, decidiu resolver o caso na Justiça, segundo noticiou na época o portal UOL.
O médico exercia funções em unidades de saúde de Guararapes, Bilac, Birigui e Araçatuba.
A defesa pediu que o cálculo fosse revisado e o novo valor foi ainda maior: R$ 589.320,71. Após o número, o Tribunal de Justiça de SP decidiu que Usan Júnior deveria pagar uma multa igual ao valor, totalizando, assim, R$ 1.178.641,72.
A correção monetária até novembro de 2019 elevou o montante para R$ 1,5 milhão. Com os juros equivalentes a 61 meses (a partir da data em que ele foi notificado do processo), o total chegou a R$ 2.269.704,99.
A reportagem do sbtinterior.com não conseguiu localizar o médico. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou ao portal UOL que o médico responde a um processo ético-profissional mantido em sigilo.