Mais da metade dos pacientes que foram infectados e, posteriormente, curados com a covid-19, apresentaram algum tipo de sequela que compromete os diferentes sistemas do corpo humano.
A afirmação é da médica Margareth Dalcolmo, que publicou artigo no jornal O Globo classificando o coronavírus como “uma doença sistêmica, trombogênica”. De acordo com Dalcolmo, oito em cada dez pessoas que se curaram da doença, tiveram sequelas que implicam em problemas na microcirculação em todos os órgãos.
Para a profissional de saúde, o principal desafio daqueles que hoje se encontram na linha de frente no combate à doença, é lidar com as sequelas da “covid longa”, que já foi diagnosticada em 80% dos pacientes curados, com diversos graus de gravidade. Segundo a médica, a reabilitação pós-covid requer a existência de “serviços multidisciplinares”, que ainda não foram implementados na estrutura do SUS (Sistema Único de Saúde).
A média de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil ficou abaixo de 1.400 pelo terceiro dia consecutivo. Ontem, o índice foi de 1.296 óbitos – é a primeira vez que a média fica abaixo de 1.300 desde março. Até esta segunda-feira (12), 14,61% da população, ou 30,9 milhões de pessoas haviam sido vacinadas contra a doença.