sábado, 23 de novembro de 2024
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Médica colocava garrafa em cima de teclado para fingir que trabalhava

Uma médica da Central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre colocava uma garrafa de água em cima de um teclado de computador para fingir que…

Uma médica da Central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre colocava uma garrafa de água em cima de um teclado de computador para fingir que trabalhava.

Com as teclas pressionadas, o computador não desligava. E a medica tirava proveito, porque, com a máquina ligada, os gestores entendiam que havia alguém trabalhando.

A carga horária da médica era de 100 horas por semana. Ela cumpria, em média, 40 horas.

“Ela deixou uma garrafa em cima do teclado, justamente para que ficasse emitindo um número ou uma letra dentro da tela”, disse o coordenador do Samu, Jimmy Herrera, em entrevista ao portal g1. “Isso servia para que o sistema não caísse Era como se alguém estivesse usando o sistema.”

Ele explicou que “a tela é desconectada do sistema após 10 minutos sem uso, e isso fica registrado”. Assim, médicos que se ausentam por muito tempo precisam dar explicações.

Herrera é coordenador do Samu. Ele acusa a direção de não ter tomado providências. Um médico chegou a apresentar 12 atestados falsos, por exemplo, para cumprir horário menor do que o contratado.

O coordenador do Samu disse que, assim que soube da falsificação, juntou provas e foi avisar seus superiores. Ele também registrou a denúncia com o diretor do Departamento de Regulação do Rio Grande do Sul. Um processo administrativo foi aberto, e a médica pediu exoneração.

Médicos com faltas abonadas irregularmente
Há indícios de que a chefia da Central do Samu abonava faltas irregularmente. Os responsáveis alegavam que, na folha de pagamentos, havia “problema na marcação pelo relógio de ponto”.

A central de regulação do Samu atende aos chamados, via telefone 192, de 493 municípios do Rio Grande do Sul. Em 269, os médicos também são responsáveis por despachar as ambulâncias e indicar os hospitais para onde os pacientes serão levados.

A Secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, gravou um vídeo pedindo desculpa. A pasta abriu uma sindicância para apurar o caso, que tem prazo de 30 dias para ser concluído. Um sistema de câmeras e catracas para controlar entradas e saídas no local também deve ser instalado.

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