quinta, 31 de outubro de 2024
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Matança de gatos gera protesto em Santa Fé do Sul

Um fato incomum chamou atenção da população de Santa Fé do Sul. Um morador da rua 5 colocou em frente sua residência, uma grande faixa com os seguintes dizeres: “Algum…

Um fato incomum chamou atenção da população de Santa Fé do Sul. Um morador da rua 5 colocou em frente sua residência, uma grande faixa com os seguintes dizeres: “Algum covarde está matando nossos gatos”. Esse foi o apelo da família Ricci que apenas no último mês perdeu quatro animais de estimação, inclusive um filhote de apenas 6 meses de idade.

A reportagem foi até o local para apurar melhor o caso e então conheceu o amor e a dedicação que o casal, professores Arides Ricci e Maria Lucia Rossato Ricci, tem por seus animais, sendo eles oito gatos e um cachorro.

Na ocasião, Arides contou, com tristeza nos olhos, o fato de algum covarde, estar matando seus gatos. Desde janeiro foram seis, no último mês, quatro, com exceção dos casos de envenamento já há algum tempo.

De acordo com o professor Arides, os gatos da família começaram a desaparecer, misteriosamente, desde o início do ano e ele tem certeza de que seus bichinhos foram mortos, pelo fato de nenhum deles terem voltado para casa, principalmente uma delas, a “vó”, como era chamada carinhosamente por ser uma das mais velhas, a origem dos demais e estar na família há cerca de 10 anos.

“Quando um gato é envenenado ele volta pra casa, para o lugar onde tem segurança, como já aconteceu antes com um dos nossos animais. Quando ele é solto, mesmo longe da residência, ele também volta, principalmente, se for um animal que já mora no local há muito tempo. Mas nenhum dos meus gatos voltaram, por isso eu tenho certeza que alguém os matou”, afirmou.

Segundo o casal, “a faixa foi uma tentativa desesperada de frear a matança dos nossos gatos porque, do jeito que estava a situação, víamos que em pouco tempo todos os nossos animais iriam morrer”, lamentou Arides.

O casal tem um carinho muito especial pelos bichinhos, tanto que na residência, os gatos e o cachorro convivem em perfeita harmonia, até mesmo os passarinhos comem junto com os animais, inclusive, são todos adotados das ruas, eram gatos abandonados e que hoje são bem tratados e ganharam um lar aconchegante.

“Meus animais são muito dóceis e bem cuidados, todos têm nomes, são vacinados e castrados, apenas uma gata, que é muito arisca não é castrada pois não conseguimos pegá-la. Por isso ela cria de quatro em quatro meses, o que acaba tornando uma preocupação quando os filhotes não são adotados, mas mesmo assim, não nos desfazemos de nenhum. Já procuramos ajuda na Prefeitura, em veterinárias para tentar pegá-la para castrar, mas ainda não foi possível”, disse Arides.

Ele ainda afirmou, “sei que os gatos ficam andando pela vizinhança e tem gente que não gosta, também não quero criar problemas para as pessoas, mas é muito triste ver um animal abandonado, mal tratado e, principalmente, saber que alguém é capaz de fazer tamanha maldade com os bichinhos indefesos”.

O professor Arides ressaltou que sente falta de um órgão público com normas e legislação, para estabelecer direitos e deveres às famílias que optam por ter animais de estimação, para auxiliar os animais abandonados, responsabilizar-se por castrações e fazer cumprir a lei de proteção aos animais.

“Temos dificuldades em encontrar apoio do poder público, pois acabar com os animais não é a solução, é preciso cuidar, castrar, para que esses animais não procriem e, assim, diminua o abandono dos mesmos. O Gavas, por exemplo, está fazendo o serviço que deveria ser feito pelo poder público. É um exemplo de solução para o problema, mas infelizmente não é suficiente para suprir a demanda”, disse Arides.

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