quarta, 25 de dezembro de 2024
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Marcelinho Carioca: MPSP oferece denúncia e 7 viram réus por sequestro

A Justiça paulista aceitou denúncia contra sete pessoas acusadas de sequestrar o ex-jogador Marcelinho Carioca, de 51 anos, e a amiga Taís Alcântara, 36, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo,…

A Justiça paulista aceitou denúncia contra sete pessoas acusadas de sequestrar o ex-jogador Marcelinho Carioca, de 51 anos, e a amiga Taís Alcântara, 36, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, em dezembro de 2023. Os réus também tiveram a prisão preventiva decretada.

A denúncia do sequestro de Marcelinho Carioca, obtida pelo Metrópoles, foi oferecida na quinta-feira (19/1) pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). O juiz Sérgio Cedano, da 2ª Vara Criminal do Foro de Itaquaquecetuba, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), aceitou a acusação no mesmo dia.

Ao todo, dez pessoas são investigadas por suposta participação no crime. O promotor Joaquim Portela Neto, no entanto, entendeu que ainda não há provas suficientes para incriminar três suspeitos e os deixou de fora desta denúncia.

Marcelinho Carioca e Thais foram mantidos em cativeiro por mais de 36 horas e obrigados a gravar um vídeo para despistar a polícia. Eles foram resgatados na tarde de 18 de dezembro.

Denúncia
Segundo o MPSP, o ex-jogador e a amiga foram rendidos por Matheus Eduardo Candido Costa, de 22 anos, Caio Pereira da Silva, 23, e Jones Santos Ferreira, 37. Com ameaças e uso de arma de fogo, o trio teria roubado a Mercedes Benz CLA250, que pertence a Marcelinho, usada para levar as vítimas ao cativeiro.

Jones também seria responsável pela “dinâmica financeira” do sequestro, de acordo com a acusação. Para isso, ele teria cooptado Wadson Fernandes, 29; e Eliane Lopes de Amorim, 30, que forneceram as contas bancárias para receber o dinheiro do resgate. Os bandidos conseguiram pelo menos R$ 30 mil.

Os últimos denunciados são Thauanata Lopes dos Santos, 18, e Camily Novais da Silva, 20, que teriam atuado no cativeiro e também se passado por Marcelinho Carioca para pedir dinheiro a familiares e amigos dele.

Entre os acusados, Caio, Matheus e Camily não foram localizados pela polícia e seguem foragidos. Estão na cadeia Jones, Wadson e Thauanata. Já Eliane, que é mãe solo e tem dois filhos, de 4 e 8 anos, respondeu ao processo em prisão domiciliar.

Investigados
Todos os réus vão responder por crimes de ameaça, estelionato, associação criminosa e extorsão mediante sequestro. Já Matheus, Caio e Jones também foram denunciados por roubo.

Acusados de participar do sequestro pela Polícia Civil, os indiciados Jean Fernando Freitas Barbosa, de 20 anos, Michael dos Santos Rocha, 20, e Guilherme Silva dos Santos, 19, não foram incluídos na denúncia do MPSP.

“Entendo que há necessidade de maiores esclarecimentos de eventual participação deles nos crimes em questão”, justificou o promotor, nos autos, que pediu mais investigação sobre os suspeitos.

“As impressões digitais de tais pessoas foram encontradas em partes externas do veículo da vítima Marcelo, o que não é suficiente, por si só, para decretação da prisão preventiva ou oferecimento de denúncia”.

O crime
Marcelinho Carioca foi ao show de Thiaguinho, na NeoQuímica Arena, na zona leste da capital paulista, no dia 16 de dezembro de 2023. Na saída, ele passou na casa da amiga Taís, que é fã do cantor de pagode, para presenteá-la com ingressos para o show do dia seguinte.

Segundo o boletim de ocorrência, o ex-jogador decidiu estacionar a uma quadra da casa da amiga, na Rua Salesópolis, em Itaquaquecetuba, para não chamar a atenção. Ao perceber a aproximação de três criminosos, os dois tentaram se esconder, abaixados na Mercedes Benz CLA250, mas acabaram descobertos.

Marcelinho diz que levou uma coronhada no olho esquerdo. Os bandidos ainda teriam usado o carro de luxo para dar voltas em um baile funk, antes de levar os reféns até a Rua Ferraz de Vasconcelos, também em Itaquaquecetuba, o local do cativeiro.

O veículo da vítima foi abandonado na Rua Jacareí, onde policiais militares o encontraram horas depois. Dentro dele, havia uma arma de airsoft.

Cativeiro e gravação de vídeo
Marcelinho afirma que os criminosos obrigaram ele e a amiga a gravarem o vídeo dizendo que tinham um caso e haviam sido sequestrados por vingança. Para a polícia, no entanto, a ideia dos bandidos era criar uma pista falsa.

A ideia dos criminosos teria surgido após descobrirem que haviam sequestrado uma pessoa famosa e que havia policiais à procura. “Já que estamos com você e essa mina aqui, vamos pegar um dinheiro e, se você for de boa, vamos te soltar”, teria dito um dos bandidos, segundo depoimento do ex-jogador.

O celular da vítima chegou a ser usado pelos sequestrados para extorquir familiares.

A Polícia Militar conseguiu localizar o cativeiro, após uma denúncia anônima, na tarde seguinte ao arrebatamento. Outra mulher chegou a ser detida em flagrante na ocasião, mas os investigadores concluíram depois que não havia elementos suficientes para incriminá-la.

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