Sempre que o assunto é o denominado “grupão” surgem as discordâncias no meio político local. Em recente entrevista ao programa Coletiva, da TV Unifev, o ex-prefeito Junior Marão (PSDB) rebateu os críticos do grupo e afirmou que as cidades da região têm inveja de Votuporanga porque no município há uma união de pessoas comprometidas com o bem comum.
“Eu vejo isso [críticas ao “grupão”] hoje e dou um pouco de risada, porque, assim, as cidades da nossa região têm uma inveja de Votuporanga, porque aqui tem um grupo de pessoas que se uniram para ajudar a cidade”, declarou o empresário. Ele lembrou que fez parte de um grupo de pessoas de todas as áreas, que se uniram para apoiar o então candidato a prefeito Carlão Pignatari, que posteriormente foi eleito. “Os 16 anos, oito dele e oito meu, tanto ele quanto eu que tivemos um alto índice de aprovação por parte da população durante esses 16 anos. A nossa cidade com essa união avançou demais, eu não sei se as pessoas se lembram de como era Votuporanga em estrutura, saneamento, escolas, saúde”, acrescentou.
Juninho afirmou que ao final do seu mandato, em 2016, Votuporanga se colocava em todos os índices que eram medidos como uma das 10 melhores cidades do Brasil. Na visão dele, isso é uma demonstração clara que a união de esforços foi fundamental para o crescimento do município.
O ex-prefeito recordou também da união das pessoas em relação à Santa Casa: “eu vejo um trabalho de um grupo de empresários e profissionais liberais que assumiram a Santa Casa. Alguém se lembra de como era a Santa Casa antes de 2003? O hospital tinha 290 funcionários e atendia em torno de 50 mil pessoas por ano em uma estrutura relativamente pequena. Hoje o hospital tem mais 2 mil funcionários; nós tínhamos 150 médicos, hoje são mais de 300, são mais 120 mil atendimentos por ano”. Ele destacou ainda a chegada do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e da Farmácia de Alto Custo. “Então são avanços importantíssimos que aconteceram por um grupo de pessoas que se dedicaram”.
Marão disse ficar contente por viver em um município em que empresários querem emprestar o seu nome e se dedicam a uma causa de benemerência. “Que bom que nós temos isso. Já pensou se nós morássemos em uma cidade em que os empresários ganhassem seu dinheiro, ficassem enclausurados em suas casas e tivessem se lixando para cidade, então eu acho que isso é uma coisa absurda que se fala” apontou.
Poder pelo poder
Juninho garantiu que não existe a questão do “poder pelo poder”, porque se fosse assim ele poderia ser candidato novamente a prefeito com grandes chances de ser eleito. “Não é isso que eu quero, eu quero ajudar minha cidade e também ajudo se pedirem para eu ajudar, e não necessariamente eu preciso ser o prefeito para ter isso novamente”, disse.