Gazeta Mercantil – As vendas de máquinas agrícolas no Brasil, durante o mês de outubro, subiram 6,6% se comparados a setembro deste ano, para 2.476 unidades. A alta verificada no mês passado – a maior do ano – podem significar recuperação para o setor, embora lenta.
Na comparação com outubro do ano passado, as vendas subiram 21,6%. No acumulado do ano, houve aumento de 6,2%, somando 21.788 unidades comercializadas.
“Depois de seis meses de pequenas altas, porém consecutivas, estamos em um processo firme de recuperação”, diz o vice-presidente de máquinas agrícolas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Pérsio Pastre. A recuperação se dá principalmente na região Sudeste, “pela cultura da cana e citros; e também na região Sul, onde há certa recuperação nas nos grãos”, segue o executivo.
A produção de máquinas agrícolas também subiu, 9% em outubro na comparação com setembro, para 4.144 unidades. De janeiro a outubro a fabricação de máquinas foi de 39.653 unidades. Os resultados do acumulado do ano, no entanto, foram 16,5% inferiores em relação a igual período de 2005.
“Um forte motivo para a recuperação é o clima de estabilidade quanto ao câmbio. Embora não favorável ao produtor, ele tem hoje a perspectiva de trabalhar na colheita do próximo ano com o mesmo câmbio com o qual plantou, o que dá mais certeza nas contas”, diz.
O executivo salientou que a decisão do governo em retomar investimento em obras de infra -estrutura são o melhor fomento para a agricultura. Pastre também considera importante a disponibilidade de financiamento. “O programa de crédito Moderfrota, com juros menores, prazos maiores e hoje financiando também máquinas usadas dá liquidez ao nosso mercado e também é um fator muito positivo”, diz o executivo da Anfavea.
Ele lembra que, embora o mês de outubro tenha registrado alta de 90% na venda de colheitadeiras, direcionada aos grãos, o segmento fechará 2006 com mil máquinas deste tipo vendidas, sendo que nos últimos anos o volume ficou entre 5 e 6 seis colheitadeiras vendidas no mercado interno.