Um dos maiores nomes do basquete sul-americano em todos os tempos, Manu Ginóbili anunciou nesta segunda-feira sua aposentadoria.
Aos 41 anos, o ala/armador do San Antonio Spurs encerrou o mistério sobre seu futuro e utilizou as redes sociais para revelar a decisão de deixar as quadras.
“Hoje, com uma imensa mistura de sentimentos, estou anunciando minha aposentadoria do basquete. Imensa gratidão a todos (família, amigos, companheiros, técnicos, equipes técnicas, torcedores) envolvidos em minha vida nos últimos 23 anos. Foi uma jornada fabulosa. Superou qualquer tipo de sonho”, escreveu.
Ginóbili é considerado o maior nome da história do basquete argentino e um dos maiores da América Latina. Foi ele o líder da seleção nacional que surpreendeu o mundo e conquistou em 2004 a única medalha de ouro olímpica do país na modalidade, em Atenas, deixando no caminho equipes como a dos Estados Unidos.
Ainda com a camisa da seleção, Ginóbili faturou outra medalha olímpica, o bronze em Pequim, em 2008, e o vice-campeonato mundial em 2002, em Indianápolis, caindo para a Iugoslávia na decisão. No total, disputou quatro Jogos Olímpicos – o último no Rio, em 2016 – e foi o porta-bandeira da Argentina na cerimônia de abertura em 2008.
Por clubes, Ginóbili ganhou destaque ainda muito jovem na Argentina, com a camisa do Estudiantes de Bahía Blanca, e foi para a Itália defender o Viola Reggio Calabria, em 1998. Dois anos mais tarde, se transferiu para o Virtus Bologna, onde conquistou e foi eleito o melhor jogador do Campeonato Europeu em 2002.
Com uma carreira já estabelecida, Ginóbili chegou à NBA para viver seu auge no San Antonio Spurs. Ao lado de Tim Duncan e Tony Parker, formou um dos trios mais vitoriosos da liga e que, curiosamente, chega oficialmente ao fim com sua aposentadoria – afinal, Duncan também já deixou o basquete e Parker se transferiu para o Charlotte Hornets.
No time texano, Ginóbili conquistou quatro títulos da NBA (2002/2003, 2004/2005, 2006/2007 e 2013/2014), foi eleito o melhor reserva da temporada 2007/2008 e atuou duas vezes no All-Star Game, em 2005 e 2011. Ao fim da última edição da liga norte-americana, deixou no ar a aposentadoria de deixar o basquete, o que confirmou nesta segunda.