Outras três mulheres procuraram a polícia dizendo terem sido, também, vítimas do advogado Marcelo Henrique Morato Castilho, que está foragido desde o mês passado, quando a polícia pediu a prisão dele.
Ele foi denunciado por uma médica de Rio Preto depois de forjar o próprio sequestro às vésperas do casamento com ela. Ele também já havia dado golpe parecido em uma psicóloga. Polícia já mensura prejuízo de quase R$ 300 mil das vítimas.
De acordo com informações da polícia, todas as vítimas são de Rio Preto. O acusado teria agido sempre da mesma maneira; se apresentando como embaixador da ONU com títulos e pedindo as vítimas em casamento rapidamente. Ele também tentava induzi-las a pagar contas e viagens dele.
Relembre o caso
Um advogado, de 35 anos, morador de Rio Preto, forjou o próprio sequestro faltando apenas dois dias para o casamento dele com uma médica, também rio-pretense, que aconteceria no dia seis de setembro, em Brasília. Vítima teve um prejuízo financeiro de mais de R$ 30 mil.
Marcelo Henrique Morato Castilho já teria aplicado golpe semelhante, em 2016, em uma psicóloga, também em Rio Perto. Na ocasião, a vítima teve um prejuízo de mais de R$250 mil.
De acordo com informações do delegado José Luiz Barboza Júnior, responsável pelo caso, a médica, de 44 anos, procurou a polícia no dia cinco deste mês para denunciar suposto sequestro sofrido pelo noivo. Ela contou que recebeu uma mensagem da mãe do noivo comunicando o sequestro.
“A vítima compareceu no distrito policial alegando que a mãe do noivo dela manteve contato dizendo que ele estaria sendo sequestrado e que estaria em busca dele. Que ela (noiva) deveria orar por ele e, no momento certo, haveria uma resposta. Que os bandidos que estariam sequestrando seriam muito perigosos e ela precisaria de cautela naquele momento e de sigilo. Que os fatos não fossem comunicados à polícia até que se resolvesse a questão”, contou o delegado.
No mesmo momento em que recebeu a denuncia, o delegado que já investigava uma situação parecida envolvendo Castilho, percebeu que tudo não passava de mais um golpe praticado por ele.
“Nós vinculamos a outro procedimento investigativo que está em andamento pela delegacia, também, e verificamos que a forma dele atuar seria a mesma. Ou seja, ele atuava ludibriando as noivas, com alegações de que viveriam uma vida abastada, num local de grande valor financeiro, fazendo demonstrações que era uma pessoas vinculada a ONU, a organismos de renomes internacionais, inclusive”, explicou.
O acusado dizia às mulheres que os cartões dele eram internacionais e, assim, às condiam a pagar pagassem e despesas oriundas do matrimonio ou mesmo em despesas casuais em solenidades em que ele supostamente seria homenageado. “Só que chegava na época do casamento sempre havia um problema e aí o casamento acabava não ocorrendo. E foi o caso em questão que estamos agora em investigação.”, pontuou.