Na última segunda(16), o RN relatou um fato ocorrido na semana passada com Clézia Muniz, uma munícipe revoltada, que desabafou através da rede social Facebook sobre um acontecimento envolvendo ela, o esposo e o filho no parque de diversões instalado em um terreno da Avenida Expedicionários Brasileiros, próximo ao frigorífico da cidade.
Somente mais de uma semana depois do ocorrido, a Prefeitura de Fernandópolis resolveu dar esclarecimentos sobre o assunto.
Confira a nota de resposta do Executivo na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Fernandópolis, através da Secretaria Municipal de Saúde vem prestar a população alguns esclarecimentos a respeito do atendimento feito pelo SAMU durante fato ocorrido na última semana em um Parque de Diversões instalado em nossa cidade.
Ressaltamos que todas as ligações feitas ao SAMU são gravadas e após averiguação das gravações podemos afirmar que em nenhum momento o médico regulador (profissional competente e treinado para decisão técnica de atendimento em centrais de regulação) sugeriu e/ou pediu ao usuário que socorresse a vítima por outros meios. Ao contrário, assim que o esposo relata a queixa de “choque”; o médico decide que encaminhará a viatura.
Durante a anamnese (entrevista com o usuário) o médico regulador reconhece pela informação do esposo que a vítima estava consciente, “acordada, ta tranquila, mas com muita dor” (disse o esposo), e decide tecnicamente mais uma vez pelo encaminhamento da viatura para remoção ao PS de Referência. Porém, o esposo em diálogo com a paciente pergunta se a mesma quer ir de carro e que já estaria colocando dentro do parque; dizendo “(…) quer ir de carro? Vou por o carro dentro”.
Neste momento o médico regulador indaga se ela tem como ir de carro, não sugerindo ou negando atendimento, uma vez que o esposo deixa claro que a mesma estava acordada e tranquila; e mais uma vez o médico afirma que ela precisa ir ao PS.
Em seguida, o solicitante que gerou a ligação, insistiu perguntando, se poderia levar de carro, momento em que o médico regulador autoriza, baseando-se em informações dadas através da ligação. No instante seguinte, em meio a gritos e algumas palavras incompreensíveis, o médico diz estar encaminhando a viatura, contudo o solicitante demonstrando irritação desliga o telefone.
Ressaltamos que toda decisão técnica é baseada nas informações passadas pelo usuário/solicitante. Tal fato pode ser corroborado inclusive com as gravações que são padronizadas pela portaria Ministerial 2048/2002, e portaria 2026/2011.
Entendemos, portanto, que a decisão de irem de carro partiu dos usuários; uma vez que estes sugeriram a remoção por meios próprios, e não do médico regulador do SAMU que por várias vezes orientou a espera pela viatura”.