Trabalho
No ano passado, quase três mil e 300 brasileiros foram libertados do trabalho escravo. Ao todo, foram realizadas 101 operações em 197 fazendas de todo o país. A ação faz parte do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, desenvolvido pelo Ministério do Trabalho. De acordo com os dados da pasta, no ano passado, o estado que apresentou o maior índice de trabalhadores nessa condição foi o Pará, com 1.062 pessoas libertadas. Em seguida, vêm os estados da Bahia e de Tocantins, com 529 e 455 trabalhadores retirados da escravidão, respectivamente. Se comparado a 2005, houve uma redução de aproximadamente mil trabalhadores submetidos ao regime escravo. O trabalho escravo consiste na situação em que o empregador não paga o salário e ainda retém a carteira de trabalho, como explica o coordenador de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, Marcelo Campos.
Trabalho escravo, no caso brasileiro, é caracterizado fundamentalmente pela servidão por dívida. Que é aquela caracterização que ocorre no meio rural, onde trabalhadores rurais são recrutados com falsas promessas e são endividados durante o processo de exploração do seu trabalho. E são obrigados a trabalhar para o pagamento dessa dívida ilegal.
Neste ano, o Governo Federal vai investir 5 milhões de reais no combate ao trabalho escravo.O trabalho escravo ocorre principalmente em fazendas onde há desmatamento de floresta nativa. Nesses locais, os trabalhadores trabalham na preparação do solo para o plantio de culturas agrícolas ou pastagens. Os fazendeiros que forem pegos mantendo trabalhadores em regime escravo, terão que pagar os salários atrasados e ainda podem responder a processo criminal, com pena prevista em até 10 anos.
