sábado, 21 de setembro de 2024
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Mais 9 famílias têm casas interditadas

Chuvas já condenaram a estrutura de 16 imóveis; águas de janeiro atingiram em 15 dias, volume somado durante 6 meses Desde o primeiro dia do ano, 16 famílias de Votuporanga…

Chuvas já condenaram a estrutura de 16 imóveis; águas de janeiro atingiram em 15 dias, volume somado durante 6 meses

Desde o primeiro dia do ano, 16 famílias de Votuporanga tiveram que deixar suas casas e pegar somente o necessário, ou pelo menos, o que restou após as inundações e desmoronamentos, dos quais foram vítimas. No entanto, com exceção de quatro delas que estão temporariamente na casa de parentes, as demais foram encaminhadas pela Defesa Civil do município, para hotéis da cidade e posteriormente para imóveis locados pela Prefeitura. A assessoria do Poder Executivo informou ainda que o contrato dos aluguéis é de seis meses, mas poderão ser renovados, caso os bens perdidos não sejam restituídos até a data de vencimento.

Segundo o presidente interino da Defesa Civil, Marcelo Marin Zeitune, Votuporanga, assim como a maioria das cidades do Estado de São Paulo, enfrenta problemas provocados pela força das águas pluviais. “As chuvas ocorridas nestes primeiros 16 dias do ano, já atingiram 600 milímetros, índice que está fora dos registros dos últimos 30 anos. Esta quantidade normalmente é somada no decorrer de seis meses. A média diária chega, portanto, a 1,2 milímetros”.

O estado de alerta desta maneira, não mobiliza apenas a Defesa Civil do município, mas também a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros que atenderam durante a última chuva mais forte, mais de 20 solicitações.

Zeitune por outro lado ressalta que a cidade não possui registros de pontes caídas, interdições completas de via de trânsito, árvores derrubadas e nem pessoas feridas. Mas em diversos bairros da cidade parte do asfalto está comprometida e não podem ser consertados enquanto não houver uma ‘trégua do tempo’. Como exemplo, há um trecho da Rua Jubei Okamoto e da Avenida José Marão Filho, cruzamento com a Avenida Vale do Sol, que tiveram que ser interditados, em virtude de dois grandes e profundos buracos que se abriram nestes locais.

Outro ponto positivo conforme o presidente da Defesa Civil, é que maiores danos ainda puderam ser evitados, graças ao trabalho preventivo de infra-estrutura que foi desenvolvido pela Prefeitura ao longo do ano passado. “As podas e recolhimento de árvores feitas mensalmente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão de Serviços, evitaram que as árvores ficassem pesadas e, por isso, galhos não estão caindo”.

Alagamentos
Um balanço divulgado ontem a tarde pela Prefeitura revela que ao todo 11 casas foram alagadas durante a chuva da última segunda-feira. No bairro Pozzobon, os prejuízos se deram em imóveis localizados nas Ruas Renato Fonseca, Rubens Zanini, Marcelino Pires Bueno e Joaquim Serafim da Silva.

No Bom Clima, houve registros na Rua Porto Alegre. No Centro, ocorrências nas Ruas Tietê e Alagoas, além de outros casos nas Ruas Maria de Freitas Leite, José Sanches Peres, Neocides de Oliveira e Ércules Sereno.

No bairro São Cosme, houve um registro na Rua Deoclécio Lasso e os moradores do local estavam revoltados com a falta de asfalto em parte da via. Segundo eles, todas as vezes que chove forte na cidade, as enxurradas junto com a terra, invadem as casas e normalmente fazem estragos.

Desta vez, o muro da casa da aposentada Ana Rodrigues dos Santos, 66, caiu sobre sua residência, quebrando a parede da sala e comprometendo o restante da estrutura do imóvel.

Entre os apelos, Lindomar Carvalho, 39, que reside há três anos no bairro, pede que as autoridades resolvam o problema deles e mostra, uma “boca-de-lobo” da rua totalmente entupida pelo barro, dizendo que “ela não capta uma gota de água”.

Zeitune finaliza citando que apesar dos fatos, a porcentagem de estragos em comparação ao número de residências que há em Votuporanga, é baixa. “A cidade conta hoje com 30 mil residências; deste total, cerca de 30 casas foram danificadas”.

“É preciso preservar primeiro a vida e depois os bens materiais. Muitas pessoas se arriscam para salvarem seus móveis não se preocupando com seu próprio bem-estar”, alerta.

Em caso de alagamentos, é recomendável desligar a energia do imóvel para evitar choques elétricos, principalmente se a água estiver chegando próximo das tomadas. A Prefeitura informa que disponibiliza o telefone gratuito 0800-7713830 às pessoas que necessitam de ajuda. A Defesa Civil não concluiu o levantamento de gastos.

Obras
As obras de infra-estrutura, como pavimentação, obras de galeria, guias e sarjetas também tiveram que ser interrompidas por causa do período chuvoso. As equipes de trabalho estão dando continuidade às obras prediais internas da Secretaria de Obras, Engenharia e Habitação, como explica o secretário Fernando César Matavelli.

As reformas do Hospital Santa Catarina, das escolas Profa. Maria Isabel Martins de Oliveira (Mimo), e Prof. Deputado Narciso Pieroni, dentre outras frentes de trabalho, continuam em andamento, por que não correm o risco de serem prejudicadas e interrompidas com as chuvas. As que tiveram problemas, como a da barragem da represa do Centro de Lazer do Trabalhador, que teve seu extravasor rompido pela força das águas pluviais, serão retomados com o fim deste período. (Colaborou Leliane Petrocelli).

Olho:
“As chuvas ocorridas nestes primeiros 16 dias do ano, já atingiram 600 milímetros, índice que está fora dos registros dos últimos 30 anos. Esta quantidade normalmente é somada no decorrer de seis meses. A média diária chega, portanto, a 1,2 milímetros”.

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