A juíza da 4.ª Vara da Comarca de Votuporanga, Daniella Camberlingo, ouviu na tarde de ontem mais dois dos 19 acusados de formarem uma quadrilha que praticava o tráfico de drogas na região. O grupo foi desmantelado pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) do município, em agosto deste ano.
De acordo com o titular da delegacia especializada, Antonio Marques do Nascimento, a dupla interrogada ontem – o votuporanguense Gines Aparecido de Lima, conhecido como “Gordo” e o rio-pretense Jair Carlos de Souza, chamado de “Jajá” – já cumpre pena por tráfico de entorpecentes nas Penitenciárias de Mirandópolis e Presidente Venceslau, respectivamente. Conforme o delegado, ambos são considerados “os cabeças” da quadrilha e coordenavam o tráfico de drogas de dentro das unidades prisionais em que estavam.
O terceiro e último acusado que deveria ter sido ouvido juntamente com “Gordo” e “Jajá”, é o também votuporanguense Fernando Ramos dos Santos, apelidado por “Gibi”, que não compareceu ao Fórum. Segundo Marques, ele está preso por tráfico, na Penitenciária de Presidente Bernardes.
A reportagem ainda tentou apurar o motivo pelo qual o preso faltou da audiência, mas só obteve a informação extra-oficial de que a vinda dele pode ter sido adiada, por causa de alguma burocracia da unidade prisional em que está detido. Em decorrência desta provável explicação, uma nova audiência para “Gibi”, deverá ser marcada em breve.
O julgamento da suposta quadrilha, teve início no último dia 18, quando oito mulheres suspeitas de estarem envolvidas no caso, foram ouvidas. Depois das acusadas, que estão presas na cadeia feminina de Meridiano, mais oito homens, que estão no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto, foram interrogados na última sexta-feira.
O delegado da Dise ainda destacou que depois de serem ouvidos na presença de seus advogados, os 19 acusados voltam ao Fórum para oferecerem suas defesas.
