Maíra Cardi se envolveu em mais uma polêmica e entrou para os tópicos mais comentados do Twitter nesta quinta-feira (03) após compartilhar um vídeo no TikTok usando o termo “estupro alimentar”. Nas imagens, a coach de emagrecimento aparece sendo obrigada a comer um doce e explicando sobre o sentimento de ser forçada a fazer algo que não deseja.
“Estupro alimentar é quando a pessoa que você ama, que diz que mais te ama, sua mãe, seu marido, sua melhor amiga quer te empurrar goela abaixo aquilo que você disse não. Sabe por quê? É inconsciente. Porque eles não são capazes de lidar com a sua determinação, de quando você diz não. Quando você diz não, eles precisam lidar com a fraqueza deles, não sendo capazes de fazer o que você está fazendo. É difícil dizer não, eu sei, mas mais difícil ainda é lidar com quem você ama te forçando a comer aquilo que te faz mal. Só você sabe o quanto você chora no seu travesseiro, no seu silêncio da noite”, declarou ela no vídeo.
Em pouco tempo, a influenciadora passou a ser alvo de diversas críticas por parte dos internautas, que avaliaram que a declaração da famosa não teve embasamento, além de ter sido irresponsável e gordofóbica. “Gente, a Maíra Cardi se apropriando de termos da psicanálise, da psicologia, da nutrição (sem ter formação)! Praticando praticamente uma apologia a transtornos alimentares para vender programa de emagrecimento! Gente, alguém para essa mulher!”, escreveu uma internauta.
“Maíra Cardi segue sendo embaixadora da ditadura da magreza né…essa mulher precisa ser calada/cancelada. O que ela prega e faz é crime e só fomenta as inseguranças femininas. Ser magra a qualquer custo nunca foi tão mortal e cruel quanto nos tempos atuais”, apontou outra. “A Maíra Cardi postou um vídeo onde fala sobre estupro alimentar. Ela banaliza distúrbios alimentares, propaga pseudociência em suas redes e ainda quer salvar o mundo com seu ebook de emagrecimento. Ela é um desserviço continuo à área da saúde”, declarou uma página de medicina.
Maíra Cardi rebate críticas
Com a repercussão, a esposa de Arthur Aguiar usou seu perfil no Instagram para publicar um vídeo explicando o uso do termo e rebater as críticas feitas na web.
“Existem várias pessoas que sofrem de abusos diferentes, emocionais, físicos e abusos por não respeitarem a vontade dela. E dentro do que eu trabalho, todo mundo já sabe, tenho várias empresas de emagrecimento, já emagreci os maiores artistas do Brasil e mais de 500 mil pessoas. Dentro dessas empresas, a gente recebe muitas pessoas que sofrem não só de transtorno alimentar, mas de abuso de parentes dizendo o que ela pode ou não comer. Sofrendo bullying porque está acima do peso ou porque está abaixo do peso”, começou ela.
“Quando as pessoas decidem fazer uma dieta, um programa alimentar, seja pra saúde ou pra estética, tanto faz, elas estão no limites delas, no limite da dor e do sofrimento […]. Elas decidem fazer uma dieta, o que não é fácil, porque quando você decide fazer uma dieta, você deixa de comer aquilo que você gosta, então há um sofrimento. E aí essa pessoa vai sair com a mãe dela, vai sair com o marido, vai sair com a melhor amiga e ela fala: não, obrigada, não quero, hoje eu vou comer só salada, porque estou de dieta. E essa pessoa fica pressionando: larga de ser chata, é só um pedacinho, não custa nada. Aí é que vem a questão. Por que a pessoa que te ama quer te fazer comer o que ela quer? Sendo que a amizade e o amor de vocês não vai mudar?”, continuou.
“É isso que as mulheres fazem, comem para agradar e depois chegam em casa e choram por ferir o compromisso dela com ela mesma. E aí eu chamo isso de estupro alimentar. É uma pessoa que te ama, que tá ali empurrando, através de um prazer, só que para quem? Já que eu falei que não quero participar daquela troca, se eu não quero desfrutar desse prazer?”, disse.
“Eu não cheguei aqui à toa, eu comecei a minha empresa com R$ 800 e eu faço por mês milhões. Se eu faço milhões, se eu estudo para caramba, se eu cheguei onde eu cheguei, burra eu não sou. Eu sei muito bem o que eu estou fazendo”, completou.