Mais da metade dos entrevistados na última pesquisa de opinião pública da CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, acha que o governo não deve usar cartão corporativo.
Das 2 mil pessoas consultadas, 53,3% são contra a manutenção do mecanismo e 7% são a favor. Outros 2,2% também são favoráveis, mas desde que a utilização seja regida por normas. Os demais não sabem, não responderam ou não têm posição definida sobre o assunto.
Consideradas apenas as respostas válidas, que excluem os que não souberam avaliar o tema, 83,1% são contra a manutenção do uso do cartão, 10,9% são favoráveis e 3,4% são favoráveis, desde que com normas.
Para 48% dos entrevistados, as denúncias de uso irregular do cartão corporativo afetam a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – percentual que sobe para 74,9% descontada a opinião de quem não soube avaliar. No entanto, o desempenho do presidente frente ao governo teve a maior aprovação desde 2003: 66,8%.
Os entrevistados também foram questionados sobre quais devem ser as punições para quem fez uso indevido dos cartões. Para 45%, os ministros e funcionários devem perder o cargo e repor os gastos. Outros 12,8% querem que as autoridades apenas reponham os gastos. Para 3,2%, basta perderem o cargo. Para 1,4%, não deve ocorrer nem uma coisa nem outra.
A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), entrevistou 2 mil pessoas nas cinco regiões do país, em 136 municípios de 24 estados. Destas, 36% não ouviram falar das denúncias, não sabiam ou não responderam. Outras 34,4% têm acompanhado o tema e 29,7% apenas ouviram falar. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.