Mais um benefício gerado pelo ato de amamentar foi descoberto, desta vez para as mães. As que dão peito para os filhos correm menor risco de, no futuro, virem a desenvolver o Mal de Alzheimer. E o risco diminui quanto maior é o período de duração da amamentação. Mas porque isso ocorre?
Segundo o “JournalofAlzheimer’s Disease”, a ligação pode ter relação com certos efeitos biológicos da amamentação. Por exemplo, a insulina, que sofre uma drástica redução durante o período gestacional, é restaurada com o processo de aleitamento materno. Como se sabe, a doença de Alzheimer é caracterizada pela resistência à insulina no cérebro.
Uma hipótese que possa também justificar essa ligação é que a amamentação priva o corpo da progesterona, compensando os elevados níveis de hormônio que são produzidos durante a gravidez. A progesterona é conhecida por diminuir a sensibilidade dos receptores de estrogênio do cérebro, que pode desempenhar um papel protetor contra a doença de Alzheimer.
Embora essa conclusão tenha sido baseada em um pequeno número de mulheres britânicas – apenas 81 participantes, a correlação que foi estabelecida foi muito significativa e forte, sendo improvável haver erro de amostragem. Mas, em mulheres com histórico de demência em família, essa ligação demonstrou ser menor. Os pesquisadores esperam que o estudo venha estimular ainda mais pesquisas nesse sentido.