A pequena Nicolly Campos Zanesco, que testou positivo para coronavírus e ficou entubada por 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em São José do Rio Preto (SP), recebeu alta hospitalar.
Em entrevista ao G1, a mãe da menina, Letícia Lopes Campos, afirmou que a primeira ação da filha de 4 anos ao chegar em casa foi ver a cachorrinha de estimação da família, que mora no município de Tanabi (SP). “Ela está bem. Graças a Deus o pior já passou. No começo ela estranhou um pouco, mas depois foi só alegria. Eu tenho muita gratidão. O que ela passou não foi fácil. Agora ela está bem. Voltou a brincar e tudo”.
Nicolly deixou a Unidade de Terapia Intensiva no dia 20 de julho, mas precisou ficar mais quatro dias internada na enfermaria até ser liberada.
Carta aos profissionais da saúde
Para agradecer os profissionais de saúde que cuidaram da filha durante o tratamento contra a Covid-19, Letícia comprou uma cesta de chocolates e escreveu uma carta à mão. (veja abaixo.)
“Anjos sem asas. Uma singela homenagem, porém, de coração, para seres humanos que deixam suas famílias e filhos em seus lares para se dedicarem de corpo, alma e coração, colocando em risco suas próprias vidas em prol de pessoas que, muitas das vezes, nunca as viram antes”, consta em um trecho da carta.
Ao G1, Letícia explicou que levou a filha à Santa Casa de Tanabi depois de a pequena apresentar febre e a reclamar de dores nos olhos, na barriga e cabeça. “Os médicos colocaram minha filha no soro e disseram que poderia ser suspeita de dengue. Eu a trouxe para casa, mas, dias depois, ela começou a reclamar de muita dor na barriga”.
Nicolly foi levada novamente à Santa Casa, onde permaneceu internada por uma noite. Em seguida, ela foi encaminhada para o Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto. Assim que chegou ao hospital, a menina precisou ser entubada às pressas por conta do baixo nível de saturação de oxigênio no sangue e levada para a unidade intensiva. O resultado positivo para coronavírus foi divulgado dias depois, gerando apreensão e preocupação entre os familiares, que não imaginavam que a criança tinha sido contaminada.
“Meu muito obrigada por me substituírem como mãe, dando afeto, amor, carinho e doação frente a essa situação tão difícil, que me impediu de estar ao lado cuidando e zelando por ela”, escreveu Letícia em outro trecho da carta endereçada aos profissionais da saúde.