sábado, 16 de novembro de 2024
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Mãe acusa creche por queimaduras de 3º grau nos pés da filha

A mãe de uma menina de um ano e sete meses acusa uma escola infantil do bairro Santa Rosa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, de negligência: segundo ela,…

A mãe de uma menina de um ano e sete meses acusa uma escola infantil do bairro Santa Rosa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, de negligência: segundo ela, a criança sofreu queimaduras de terceiro grau nos dois pés por brincar descalça. A instituição, no entanto, rebate a denúncia e garante que a aluna já chegou com os machucados ao local. A divergência virou caso de polícia e um boletim de ocorrência foi registrado na última terça-feira (20).

A assistente comercial Natália Lopes Amaral Barbosa, de 34 anos, alega que era o primeiro dia da filha iniciando adaptação na escola. Ela conta que deixou a menina por volta de 10h na instituição e, cinco horas depois, por volta de 15h30, foi acionada pelos funcionários para que retornasse imediatamente.

— Quando eu cheguei já pequei essa cena, ela chorando muito com as bolhas nos pés. Em um primeiro momento, eles me mostraram onde tiraram o sapatinho dela e é um chão de cimento nos fundos da escola, que estava exposto ao sol. Mas aí foram orientados por advogados e agora dizem que ela já estava machucada.

A diretora da escola, Lúcia de Almeida Faria Santos, ressalta que Natália informou que a filha estava com os machucados nos pés e que os professores poderiam retirar os tênis dela para aliviar as dores. Ela explica que quando a coordenadora seguiu esta orientação,no entanto, “levou um susto”.

— O pé dela estava todo machucado, a coordenadora correu e ligou para ela [a mãe] falando que precisava que a criança fosse levada ao médico. Cerca de 15 minutos depois ela chegou e pegou a criança tranquilamente, não se assustou e nem falou nada, foi embora. Mas quando foi 17h, no horário da saída, ela apareceu com a polícia e um tanto de gente, começou a gritar, fez um escarcéu aqui na porta. Há 30 anos eu mexo com crianças e isso nunca aconteceu comigo, porque sou neurótica com a segurança dos alunos.

Natália, no entanto, tem outra versão para o ocorrido.

— Eu falei que se ela quisesse ficasse descalça em ambientes fechados ou tapetes próprios, eu não faria objeção, me não em um chão quente, escaldante. Se ela estivesse machucada, ela chegaria andando de tênis e meia?

Depois de deixar a instituição, a menina foi atendida no Hospital São Camilo e medicada. Com a constatação das queimaduras, ela precisou passar por procedimentos para retiradas de peles mortas. A mãe registrou a ocorrência na Polícia Militar e pretende processar o local.

— Vamos ver o que pode ser feito, não pela negligência, mas pela omissão, pela negativa do que aconteceu. Ela está com dor, mas está bem, é uma criança forte e alegre.

Por outro lado, a proprietária do estabelecimento afirma que ainda não entende a atitude da família.

— Nós devolvemos o dinheiro porque ela fez um escândalo, eu não sei nada dessa pessoa, não sei o que ela quer de mim, mas garanto que a queimadura não foi na escola.

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